Como funciona a técnica de velocidade radial. Nessa ilustração o telescópio é espacial, não terrestre
Caçadores de exoplanetas ganham impulso tecnológico na busca por planetas como a Terra.
O Observatório Europeu do Sul já tem uma das melhores ferramentas do mundo para caçar planetas: o espectrógrafo Harps. Instalado no telescópio de 3,6 metros de La Silla, no Chile, o Harps é um instrumento que consegue detectar as oscilações extremamente súbitas no movimento de uma estrela que podem ser induzidas pelo arrasto gravitacional de um planeta em sua órbita.
Mas o método que usa oscilação, ou velocidade radial, normalmente detecta exoplanetas grandes, alguns deles muitas vezes mais massivos que Júpiter, que orbitam a uma grande proximidade de sua estrela-mãe. Esses são os corpos que provocam uma atração mais notável em suas estrelas. Astrónomos gostariam de encontrar planetas mais parecidos com a Terra: pequenos, rochosos e em órbitas moderadamente longas que mantêm o planeta a uma distância moderada de sua estrela.
O Harps já consegue detectar planetas que fazem suas estrelas-hospedeiras moverem-se apenas um metro por segundo – mais ou menos a velocidade do caminhar humano. Mas mesmo essa precisão tem uma utilidade limitada. A Terra, em comparação, produz no Sol a velocidade de apenas nove centímetros por segundo. Detectar uma mudança tão súbita no espectro da luz de uma estrela requer que esse espectro seja extremamente estável, para fins de calibragem e referência. É um pouco parecido com usar um bom diapasão para verificar se a nota de uma tecla de piano está minimamente desafinada.
fonte: Scientific American Brasil
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