quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Após 62 anos, cientistas redescobrem no Quénia rara mosca peluda dourada


Investigadores pensavam que a mosca peluda poderia somente viver em fendas de rocha das colinas de Ukazi

Cientistas quenianos localizaram uma das mais raras moscas do mundo, conhecida como "terrível mosca peluda".

A espécie peluda, de cor dourada, foi avistada pela primeira vez em 1933 e, depois, somente em 1948.

Desde então, várias expedições dirigiram-se à região, entre as cidades de Thika e Garissa, em nova busca da mosca.

Com cerca de um centímetro, o insecto parece-se mais com uma aranha com pernas cheias de pelo, explicaram os cientistas.

Sem a capacidade para voar, os investigadores pensavam que a mosca poderia somente viver em fendas de uma rocha das colinas de Ukazi, onde vivem morcegos - elas reproduzem-se nas fezes do animal.

"A mosca não tem adaptações visíveis para se agarrar a outros animais e transferir-se de um lugar para outro", disse Robert Copeland, do Centro Internacional de Fisiologia e Ecologia de Insectos.

Segundo ele, com as longas pernas, pode ser que a mosca tenha apanhado uma boleia de um morcego, já que não há notícia de ter sido vista em outros lugares.

Copeland também tem dúvidas se a mosca pertence aos insectos da ordem diptera. "Temos recolhido amostras para análises moleculares, para ver onde exatamente essa mosca se encaixa no processo evolucionário", explicou.

fonte: Folha.com

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