O LHC tem a forma de um donut e o comprimento de 27 quilómetros
O acelerador de partículas do CERN poderá ficar mais um ano a trabalhar, até ao final de 2012, antes de interromper a actividade, e sofrer as alterações necessárias para se tornar mais potente. Este desvio dos planos estabelecidos no início deste ano deve-se à possibilidade de a máquina estar perto de dar aos cientistas o que prometeu: o bosão de Higgs.
“Seria uma vergonha parar”, disse Steve Myers, o responsável pela manutenção e "upgrade" do acelerador, citado na secção das notícias do site da revista Nature. O LHC está a trabalhar a uma energia de sete biliões (milhões de milhões) de electrões-volt para encontrar a partícula de Deus – o bosão de Higgs.
Esta partícula, cuja existência foi teorizada em 1966 pelo físico Peter Higgs, explica a origem da massa no Universo. É através dela que todas as outras partículas da matéria adquirem massa.
No LHC, localizado na fronteira entre a França e a Suíça, que tem a forma de um donut de 27 quilómetros e está por baixo da terra, os cientistas põem protões a chocar uns contra os outros. É no rescaldo destes choques que se espera encontrar o bosão.
Quando o LHC começou a trabalhar, depois de ter tido problemas técnicos ainda em 2008, pensava-se que a energia máxima que conseguia atingir não seria suficiente para encontrar a partícula. Por isso, no início deste ano, definiu-se que haveria uma paragem de 15 meses, a partir do início de 2012, para se fazerem as alterações técnicas necessárias para o LHC passar a atingir o dobro da energia.
Mas agora, há um consenso de que o LHC é capaz de procurar as partículas de Higgs na maioria do território energético onde estas podem ser encontradas, sem ter de ser melhorado. A decisão sobre se a paragem vai ser adiada ou não só será tomada no final de Janeiro de 2011, num encontro em França.
fonte: Público
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