Ilustração do espécime agora estudado
O fóssil que estava num museu de Hanôver
Dean Lomax e Sven Sachs
Um fóssil de um Ichthyosaurus, encontrado há mais de 20 anos, só agora foi estudado. Era uma fêmea adulta com mais de três metros de comprimento.
Um fóssil de Ichthyosaurus, um tipo de réptil marinho que viveu durante o período Jurássico Inferior (há cerca de 200 milhões de anos), encontrado na década de 1990, foi finalmente estudado. Os vestígios estão quase completos e, segundo os autores do trabalho, trata-se do maior fóssil de ictiossauro até agora encontrado.
Conhecido como o “dragão do mar”, os ictiossauros foram extintos há cerca de 90 milhões de anos, no período Cretácico, tendo ocupado os oceanos durante 160 milhões de anos enquanto os dinossauros ocupavam a terra.
O referido fóssil foi encontrado há mais de 20 anos na costa inglesa e desde essa altura estava em exposição num museu na cidade alemã de Hanôver. Manteve-se sem ser estudado até que o paleontólogo alemão Sven Sachs viu o fóssil em Agosto do ano passado e contactou o colega britânico Dean Lomax, especialista nesta espécie de répteis, para que fosse realizada uma análise aprofundada.
Depois de estudarem o exemplar, identificaram-no como integrante da espécie Ichthyosaurus somersetensis, segundo o estudo que foi publicado na revista científica Acta Palaeontologica Polonica. Além disso, descobriram que se trata de uma fêmea adulta e que estava grávida na altura da sua morte. O fóssil tem mais de três metros de comprimento.
“Espanta-me que espécimes como este ainda possam ser ‘redescobertos’ em colecções de museus. Não é necessariamente preciso ir para o terreno para fazer uma nova descoberta. Este espécime dá novas luzes sobre o tamanho da espécie, mas é também o terceiro exemplar de um Ichthyosaurus conhecido com um embrião. Isso é especial”, afirmou Dean em comunicado da Universidade de Manchester.
fonte: Público
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