Fotografia © Atribuído a John Taylor
Os resultados das análises juntam-se a várias referências em sonetos do poeta que podem ser interpretadas como alusões a psicotrópicos.
Cachimbos com 400 anos que foram recuperados no quintal da casa onde Shakespeare viveu continham vestígios de canábis, de acordo com análises realizadas por um grupo de investigadores sul-africanos. Os cachimbos de barro foram analisados através de uma técnica avançada de espectrometria de massa.
Os cachimbos, que eram usados no século XVI, foram encontrados no quintal da antiga casa de William Shakespeare, assim como noutros locais da cidade onde vivia o dramaturgo britânico, Stratford-Upon-Avon. Nestes, foram encontrados vários tipos de tabaco, incluindo a folha a partir da qual se obtém a nicotina, e cocaína. Alguns dos cachimbos encontrados no quintal de Shakespeare continham canábis.
O jornal The Independent menciona que existem pistas literárias que indicam que Shakespeare fumasse canábis mas evitasse a cocaína. No seu Soneto 76, o poeta escreve sobre "invenção numa erva", em que invenção pode ser interpretado como "criatividade", o que pode ser interpretado como um reconhecimento do poder da canábis para ajudar a escrita criativa.
Adiante no mesmo soneto, existe uma menção de "compostos estranhos" com os quais o escritor prefere não se associar, o que pode ser uma referência à cocaína.
O artigo sobre a investigação foi publicado na revista South African Journal of Science em julho, e descreve a análise dos compostos encontrados em 24 fragmentos de cachimbos, que foram cedidos pelo Shakespeare Birthplace Trust.
fonte: Diário de Noticias
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