Imagens de milhares de peixes mortos na costa de Tianjin, a seis quilómetros do local da explosão, levantam suspeitas sobre eventual ligação com explosão
Milhares de peixes mortos deram à costa em Tianjin, na China. Apesar da especulação de que este incidente possa estar relacionado com a explosão num armazém no porto de Binhai, no dia 13 de agosto, ainda não há provas da ligação entre os dois acontecimentos. Os peixes deram à costa a cerca de seis quilómetros do local da explosão, a especulação deve-se ao facto de a maioria dos químicos terem caído no rio.
As autoridades chinesas negam que a morte dos peixes estejam ligadas às fugas de produtos químicos para o rio. Apesar de quinta-feira terem informado que o nível de cianeto na água era 356 vezes superior ao permitido. No entanto, segundo o Huffingtton Post, as análises da água do rio onde foram encontrados os peixes não apresentavam níveis tóxicos de cianeto.
"Não é estranho os peixes morrerem em massa nos rios locais durante o Verão devido à pouca qualidade da água. Quando a temperatura sobe, o oxigénio evapora e os peixes podem morrer de hipóxia" disse Deng Xiaowen, chefe do centro de monitorização ambiental de Tianjin, citado pelo jornal The Guardian. Também o chefe da Associação de pesca em Tianjin arranja outra justificação para a morte dos peixes. Segundo Zhang Yunli as mortes em massa devem-se a uma alteração na salinidade da água que acontece todos os anos.
As imagens dos peixes mortos na costa de Tianjin tornaram-se virais nas redes sociais e têm provocado a indignação de populares. "Nunca vi nada assim, se não houver uma ligação entre a explosão e a morte dos peixes. O que poderá explicar a morte de tantos peixes?" disse ao New York Times Wang Lei, gerente de uma empresa de transportes.
Os militares ainda estão a tentar descontaminar a área, no entanto já foram colocadas barreiras flutuantes e o sistema de drenagem foi cheio com cimento para tentar evitar que a contaminação se espalhe. O presidente chinês Xi Jinping já prometeu que o desastre vai ser minuciosamente investigado.
fonte: Diário de Noticias
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