Foto: abakan-news.ru
Na região dos Urais foi encontrada uma nova pedra preciosa, que não constava até agora nos anais científicos.
Afirma-se que esta pedra é capaz de competir até com os diamantes e esmeraldas. O novo mineral, batizado mariinskite, é de cor verde viva e possui elevado índice de refração. Daí vem que se a lapidação for correta, poderá irisar-se tão bem como um brilhante.
O nome da pedra provém da jazida de esmeraldas Mariinsky, onde ela foi encontrada. A fórmula química do mariinskite é muito simples: BeCr2O4, isto é, berílio-cromo-dois-o-quatro, o que o torna bastante raro. É que a maioria das novas descobertas tem fórmulas bastante complicadas, isto é, são misturas, enquanto que precisamente as pedras puras é que têm o valor máximo. Além disso, o mariinskite tem uma cor verde excepcionalmente viva e possui, inclusive, aspecto mais impressionante do que uma esmeralda.
Quanto à dureza o novo mineral deve pouco ao diamante: o seu índice de dureza é 8,5, enquanto a do diamante é 10. E quanto à característica principal das pedras preciosas – o índice de refração da luz, o mariinskite pode competir perfeitamente com brilhantes e esmeraldas.
O mineral foi encontrado em forma de grânulos minúsculos. O maior exemplar encontrado desta pedra chega a meio-milímetro. No entanto, este achado terá um futuro brilhante se nesta jazida forem encontrados cristais maiores, revelou à Voz da Rússia um dos descobridores do mariinskite Mikhail Popov:
“As características básicas do mariinskite consistem em que esta pedra se encontra muito raramente e tem elevado índice de dureza e uma cor viva e bela, da mesma maneira que a esmeralda e alexandrita. Os parâmetros da refração, isto é, as características óticas são próximas às do diamante. O único aspecto negativo são dimensões pequenas da sua formação – tão somente 0,2 mm. Uma pedrinha deste tamanho não pode ser lapidada, pois depois da lapidação vai sobrar apenas um quinto dela. Por enquanto, é cedo para falar da descoberta de todo um novo filão do mineral, pois ele foi encontrado na jazida Mariinsky – a maior mina de esmeraldas e alexandritas na Europa e uma das maiores minas deste género no mundo. Pode-se afirmar, apenas, que na mina, em que se realiza a sua exploração, já surgiu um elemento novo.”
Foto: rusfoto.net
É possível que devido à sua unicidade e elevadas qualidades a nova pedra tenha valor mais alto do que os brilhantes e esmeraldas. Mas os especialistas não se apressam a afirmar que o mariinskite venha a fazer uma revolução no mercado internacional de pedras preciosas. Mas para os colecionadores este achado tem um valor simplesmente excepcional.
A aquisição deste mineral representa, certamente, um investimento muito bom do capital, pois o preço desta pedra única pode crescer em forma de uma progressão geométrica, revelou à Voz da Rússia o geólogo Vladimir Polevanov:
“Se este mineral existe milhares de anos nos Urais e ninguém sabia da sua existência, logo a sua quantidade lá é muito pequena e a sua influência sobre o mercado de pedras será insignificante. O mercado de pedras preciosas é excepcionalmente conservador. O diamante, esmeralda, rubi e safira possuem popularidade durante milénios. Por isso, a nova pedra não poderá sobrepujá-los em popularidade. Tenho 90% de certeza de que esta pedra jamais irá sobrepujar o brilhante, mas será inapreciável para os coleccionadores e eles irão pagar uma exorbitância para possuí-la.”
A unicidade do novo mineral consiste também no facto de que durante os últimos duzentos anos nos Urais não foi encontrada nenhuma pedra nova, excepto a alexandrita, constata o cientista. Por isso, este achado representa um grande interesse para a ciência. Agora as amostras de mariinskite já se encontram nas colecções dos dois maiores museus geológicos da Rússia – em Moscovo e em São Petersburgo.
fonte: Voz da Rússia
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