Uma equipa de investigadores desenvolveu novos 'microchips' que imitam o funcionamento do cérebro em tempo real, anunciou hoje a universidade de Zurique em comunicado.
Os cientistas, da área da neuroinformática, demonstraram como capacidades cognitivas complexas podem ser incorporadas em sistemas electrónicos construídos com os chamados chips neuromórficos e como estes sistemas electrónicos podem funcionar de forma muito semelhante a um cérebro verdadeiro.
Os circuitos electrónicos foram desenvolvidos por investigadores da Universidade de Zurique e da escola politécnica federal da cidade, em colaboração com colegas de outras instituições na União Europeia e dos EUA, acrescenta a universidade.
Tal como o cérebro, estes chips "neuromórficos" são capazes de tratar as informações em tempo real e os circuitos electrónicos de que fazem parte podem ser configurados para realizar acções específicas.
"O desafio é construir um sistema que se aproxime o mais possível do cérebro humano" disse Giacomo Indiveri, professor na Universidade de Zurique no mesmo comunicado.
O investigador explicou à AFP que, embora se soubesse já como configurar um sistema electrónico para reagir ao seu ambiente - por exemplo para os estores se fecharem automaticamente quando está sol - ainda não se sabia como isto funcionava no interior do cérebro.
Hoje isto está a ser feito, já que os investigadores conseguiram configurar um sistema que passou com êxito um teste que requer "memória, tomada de decisão e discernimento", acrescenta Indiveri.
A prazo, estes novos 'microchips' poderão ser utilizados na robótica "para permitir aos robôs evoluir autonomamente no universo, sem serem conduzidos por telecomando", ou nos telemóveis, acrescentou o investigador.
Podem também permitir construir computadores que funcionem mesmo com componentes desactivados, assim como o cérebro humano funciona apesar de perder um milhão de neurónios por ano.
fonte: Sol
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