A galáxia NGC 1097, a 45 milhões de anos-luz da Terra, fotografada pelo Hubble. A rotação das galáxias longínquas demonstra que tem de existir matéria invisível no UniversoFotografia © NASA
A Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou hoje uma parceria com a Agência Espacial Norte Americana (NASA) para tentarem desvendar aquele que é considerado um dos mais intrigantes mistérios da ciência atual: de que é feito 95% do Universo.
A parceria, que foi estabelecida como um "Memorando de Entendimento", junta a NASA à ESA na missão Euclid, que visa a pesquisa da 'matéria negra' e da 'energia negra'.
Esta missão consiste no lançamento, em 2020, de um telescópio de 1,2 metros de diâmetro, concebido para tentar esclarecer qual é a composição dos 95% do Universo que permanecem desconhecidos até hoje.
O telescópio e outros dois instrumentos científicos irão mapear a forma, o brilho e a distribuição, a três dimensões, de dois mil milhões de galáxias, cobrindo mais de um terço de todo o céu e olhando para trás ao longo de três quartos da história do Universo, explica a ESA em comunicado.
Com esta expedição, os cientistas esperam resolver "problemas essenciais" para a compreensão da evolução e destino do universo em expansão, nomeadamente os papeis desempenhados pela 'matéria negra' e pela 'energia negra'.
A matéria negra é invisível, mas tem gravidade e atua atrasando a expansão, enquanto a energia negra parece estar a acelerar a expansão.
Estas duas componentes juntas contabilizam 95% de toda a massa e energia do Universo - com a matéria e energia 'normais' a contabilizarem a pequena fração que sobra -, mas o que são permanece um "mistério profundo".
Deste Memorando de Entendimento resulta a contribuição da NASA com 20 detetores para instrumentos de infravermelho próximo, que irão operar a par de uma câmara no comprimento da luz visível.
Os instrumentos, telescópio e nave serão construídos e operados na Europa.
A NASA também nomeou 40 cientistas americanos para se tornarem membros do Consórcio Euclid, que irá construir os instrumentos e analisar os dados científicos que resultarem da missão.
Este consórcio já inclui quase mil cientistas de 13 países europeus e dos Estados Unidos.
fonte: Diário de Noticias
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