Os primeiros satélites de exploração dos arredores da Terra deverão ser lançados em 2015 JONATHAN ALCORN
A Deep Space Industries anunciou que pretende começar a explorar minério em asteróides a partir de 2016.
Uma empresa norte-americana anunciou nesta terça-feira planos para trazer minério de asteróides já em 2016. Desta forma, a Deep Space Industries concorre com a Planetary Resources, outra empresa que há um ano tinha anunciado a mesma intenção.
"Utilizar os recursos que estão armazenados no espaço é a única forma de levar a cabo o desenvolvimento espacial permanente”, defendeu David Gump, director-executivo da empresa, citado pela BBC online.
“Todos os anos, descobrem-se mais de 900 asteróides a passar perto da Terra. Pode funcionar tal como o Iron Range [região do estado de Minesota, rica em ferro] para a indústria automóvel de Detroit no século passado – recursos-chave localizados onde são precisos. Neste caso, os metais e o combustível dos asteróides podem fazer expandir a indústria espacial neste século”, acrescentou David Gump.
A ideia é começar já em 2015 com o lançamento de uma frota de pequenos satélites com o formato de cubos de 25 quilos. Estes satélites iriam explorar os arredores da Terra, à procura de asteróides candidatos para a exploração. No ano seguinte, em 2016, uma nova fornada de satélites maiores seria lançada e iria até estes asteróides para trazer 70 quilos de minério de volta à órbita da Terra. Esta segunda frota de satélites demorará dois a quatro anos a regressar.
A Deep Space quer, com este minério, alimentar uma indústria no espaço, transformando directamente o material recolhido nos asteróides em peças construídas com a tecnologia das impressoras 3D. Finalmente, a empresa pretende criar uma rede de satélites de comunicação e de centrais de energia solar em órbita. No futuro, estas instalações forneceriam produtos e energia às próximas aventuras espaciais, como hotéis no espaço ou viagens tripuladas até Marte.
Vários cientistas defendem que a ideia de explorar minério nos asteróides até pode ser possível, mas não é, pelo menos para já, rentável.
Há um ano, a Planetary Resources, outra empresa norte-americana que tem investimentos de milionários como Larry Page, da Google, ou do realizador James Cameron, anunciou uma ideia semelhante: retirar minério e gases dos asteróides e produzir combustível no espaço para alimentar naves aeroespaciais.
“Estamos nisto para as próximas décadas”, disse na altura Eric Anderson, um dos fundadores da Planetary Resources, que está habituado ao cepticismo dos pares. “Mas não é caridade. E vamos fazer dinheiro desde o início.”
fonte: Público
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