sábado, 26 de janeiro de 2013

Expansão de supernova é recriada em vídeo


Expansão da supernova GK Persei Fotografia © Reprodução

Desde 1901que a expansão da supernova 'GK Persei', que se tornou um dos objetos mais brilhantes no céu, chama a atenção dos astrónomos. Imagens da expansão contínua do corpo celeste, capturadas durante mais de 60 anos, resultaram num vídeo e num modelo 3D que recriam o fenómeno.

A partir de imagens capturadas por telescópios nas Ilhas Canárias, Espanha, investigadores europeus criaram um filme que reconstitui meticulosamente a contínua expansão da supernova.

Os cientistas também construíram um modelo tridimensional dos restos deixados pela explosão. A reconstituição do fenómeno revelou que a estrela ainda está crescendo na impressionante velocidade de quase mil quilómetros por segundo.


As supernovas surgem quando o núcleo de uma estrela massiva entra em colapso, sob a pressão de sua própria gravidade. Daqui resulta uma forte erupção termonuclear, que a 21 de fevereiro de 1901 foi observada na então batizada 'Nova Persei 1901'.

A partir dessa altura, os astrónomos observaram o repentino aumento contínuo de seu brilho. A 1300 anos-luz da Terra, não muito longe em termos espaciais, a supernova tornou-se um dos objetos mais brilhantes no céu.

Os cientistas que observavam a GK Persei ficaram surpreendidos ao descobrir que a explosão deixou para trás um material remanescente incomum, composto por nós gasosos, que se tornam visíveis em 1916.

"A partir de então, o espetáculo visual tem sido semelhante ao de um fogo de artifício visto em câmera lenta", disse Miguel Santander, pesquisador do Observatório Nacional espanhol e co-autor do estudo, citado pelo jornal britânico Daily Mail.

Após recolher pacientemente as imagens do Telescópio Isaac Newton e do Telescópio Ótico Nórdico, em La Palma, os pesquisadores mediram os movimentos de mais de 200 desses nós gasosos.

Foram feitos cálculos da velocidade radial dos nós remanescentes usando o efeito Doppler. Puderam então determinar se essas formações se estão a aproximar ou a afastar. Os especialistas foram assim capazes de criar um modelo em três dimensões da supernova e analisar sua dinâmica.

"Esses dados são raramente disponíveis em astrofísica porque, regra geral, uma aparente expansão (...) não pode ser vista", disse Romano Corradi, do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias.


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