Proposta da ESA para um veículo espacial multiusos, incluindo tripulação ESA
Proposta da NASA para a nave Orion NASA
A nave Orion vai ter um módulo europeu inspirado no cargueiro espacial da Europa, que tem levado mantimentos para a Estação Espacial Internacional. Primeiro teste será em 2017, num voo até à Lua.
O substituto dos reformados vaivéns espaciais da NASA vai ter tecnologia europeia. A Agência Espacial Europeia (ESA) e a sua homóloga norte-americana assinaram nesta quarta-feira um acordo para construir um dos módulos da nave Orion. A ESA ficará responsável pelo módulo que dará a propulsão e a energia, fará o controlo térmico e fornecerá água e gás à futura nave espacial, enquanto a NASA construirá, por exemplo, o módulo onde viajarão os astronautas e o foguetão.
A Orion é a próxima geração de naves tripuladas concebida pela NASA para ir até à Lua, até a asteróides ou mesmo Marte. O primeiro teste completo desta nave será em 2017, com uma viagem não tripulada até à Lua. Se tudo correr bem, a primeira viagem com astronautas será em 2021.
O módulo cuja construção será da responsabilidade da ESA terá a forma de um cilindro com 2,7 metros de largura e 4,5 de diâmetro. Terá metade da largura do Veículo de Transferência Automática (ATV, sigla em inglês), o cargueiro espacial construído pela ESA que já fez algumas viagens até à Estação Espacial Internacional (ISS) para levar diferentes tipos de carga.
Quando acopla à estação, o veículo é mais um módulo para os astronautas, além de ter capacidade de dar propulsão à estação para se desviar de lixo espacial. Quando volta à Terra, o ATV traz da ISS lixo produzido lá. “O ATV já deu provas em três missões até à ISS sem falhas e este acordo é a prova de que a Europa está a construir naves avançadas e seguras”, disse Nico Dettmann, responsável pelo programa de produção do ATV.
Na futura Orion, o módulo europeu ficará por baixo do módulo para os astronautas. Com este acordo, a Orion deverá também levar astronautas europeus para o espaço. “A decisão da NASA de cooperar com a ESA nos seus programas de exploração, com a Europa a produzir um elemento crucial da missão, é um sinal forte da confiança nas nossas capacidades”, disse por sua vez Thomas Reiter, director do programa de Viagens Espaciais Tripuladas da ESA. “Para a ESA, é uma contribuição importante da exploração espacial feita humanidade.”
fonte: Público
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