Eosinopteryx Fotografia © Royal Belgian Institute of Natural Sciences
Fóssil de um pequeno dinossauro, que lembra um pássaro, do período jurássico foi encontrado no nordeste da China por uma equipa internacional de paleontólogos. A descoberta desafia as teorias amplamente aceitas no meio científico sobre a evolução das aves.
Uma criatura emplumada, com 30 centímetros de comprimento, foi descrita no estudo liderado por Gareth Dyke, investigador da Universidade de Southampton, Inglaterra. A nova espécie com asas é anterior a dinossauros parecidos, a partir dos quais se pensava que os pássaros tinham evoluído.
Os paleontólogos acreditam há muito tempo que as aves evoluíram a partir de um grupo de dinossauros chamado Terópoda, que eram bípedes e alimentavam-se tanto de outros animais como de vegetais. Esse grupo viveu no período Cretáceo Inferior, entre 120 e 130 milhões de anos atrás.
As recentes descobertas sobre dinossauros com penas mais antigos, que datam do final do período Jurássico Médio, há mais de 160 milhões de anos, reforçam a teoria, por um lado, mas podem obrigar a ajustá-la relativamente ao período em que as primeiras espécies do género apareceram.
O novo 'dinossauro-pássaro', descrito no artigo publicado na Nature Communicationsdesta semana, foi batizado Eosinopteryx. Os cientistas encontraram novas evidências sobre a evolução dos pássaros.
"Esta descoberta lança mais dúvidas sobre a teoria de que o famoso fóssil deArchaeopteryx - ou 'primeiro pássaro', como é referido às vezes - foi fundamental na evolução das aves modernas", disse Dyke, segundo comunicado da Universidade de Southampton. "As nossas descobertas sugerem que a origem do voo foi muito mais complexa do que se pensava", concluiu.
No entanto, mesmo com asas, a nova espécie de dinossauro não podia voar. Os fósseis, que permanecem na China, indicam que o animal possuía uma envergadura pequena e uma estrutura óssea que restringia sua capacidade de bater as asas. Os seus hábitos terrestres são patentes no facto de os seus dedos serem adequados para caminhar e existirem poucas penas na cauda e nas pernas, o que facilitava sua locomoção rápida.
fonte: Diário de Noticias
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