domingo, 20 de janeiro de 2013

O peixe robô que pode nadar para sempre

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Chamam-lhe peixe, apesar de ter a aparência de um avião. Na verdade é um robô submarino que gasta tão pouca energia que, em teoria, poderá mover-se na água para sempre.

O peixe robótico criado na Universidade de Michigan, EUA, tenta tirar partido da hidrodinâmica para chegar o mais longe possível. No seu interior, o autómato dispõe de uma bomba que impele e expele água, e de uma bateria que desliza num míni-carril, deslocando, alternadamente, o peso para as extremidades.

Quando o peso da água e da bateria se concentram na parte da frente, o robô desliza rumo ao fundo; quando esse mesmo peso se desloca para a retaguarda o peixe-robô sobe rumo à tona – e com estes dois movimentos a máquina acaba por se deslocar, gastando uma quantidade de energia insignificante.

Xiaobo Tan, investigador da Universidade de Michigan, acredita que este processo de deslocação pode estar na base do desenvolvimento de peixes robóticos, que teoricamente terão a capacidade de se deslocar para sempre. Os ensaios realizados até à data apresentam números bastante mais comedidos: tal como está hoje, o robô consegue perfazer 200 quilómetros de viagem a uma profundidade de 500 metros. E sempre a uma velocidade lenta. O que limita o seu raio de ação aos robôs com propósitos científicos e de monitorização das águas, recorda o mentor do projeto em declarações reproduzidas pela NBC News.


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