A ciência também pode ser macabra. Arqueólogos e cientistas forenses descobrem rotineiramente provas de todos os tipos de horrores: ossos roídos por canibais pré-históricos, túmulos de crianças assassinadas, transformações que o tempo traz. Ainda temos insectos zumbis, os mortos-vivos da própria natureza, e a neurologia da decapitação e de experiências de quase morte. Confira uma seleção de algumas das histórias mais mórbidas da ciência:
Não há nada como a arqueologia para desenterrar contos antigos de doença, morte e tormento. Esta descoberta particular, do crânio de uma mulher com uma pedra enfiada em sua boca, foi feita entre as vítimas de uma praga do século XVI na ilha veneziana de Lazzaretto Nuovo.
Em 1576, a peste veneziana matou até 50 mil pessoas. Sem o benefício da ciência, as pessoas encontravam outras explicações para essas mortes, inclusive vampiros. Coveiros acreditavam que essa mulher estava entre esses seres sobrenaturais, e colocaram a pedra em sua boca.
2 – MATANDO MUITOS BEBÉS
Em 1912, escavadeiras num campo inglês desenterraram os restos mortais de dezenas de bebés – o número exato não está claro – que morreram ao nascer e foram enterrados no chão de uma antiga vila romana, cerca de 1800 anos atrás.
Esses restos, em seguida, desapareceram por quase um século até que um arqueólogo os redescobriu embalados em caixas que antes continham cigarros e cartuchos de arma num arquivo de um museu. Uma análise de 35 dos restos revelou que a maioria tinha 38 a 40 semanas de idade na época da morte – um padrão que sugere infanticídio. Quem poderia ter matado tantas crianças e por quê?
3 – AS PÉROLAS DO TEMPO
Após a morte, uma nova história começa: a decomposição. Mas isso pode dar algumas voltas estranhas, como arqueólogos e cientistas forenses sabem bem. Sob certas condições, a gordura em tecidos moles do corpo se transforma num “sabão”, uma substância chamada adipocera, que age como um conservante.
Em 1997, um cadáver sem cabeça envolto em adipocera e polvilhado com um mineral azul apareceu flutuando numa baía do lago Brienz, na Suíça. No início, o investigador Michael Thali achou que a pessoa estava morta há alguns meses ou possivelmente anos. Depois de se livrar da adipocera, ele e seus colegas descobriram órgãos preservados, incluindo um trato digestivo contendo caroços de cereja. Após examinar os restos mortais, eles concluíram que o corpo era um homem que viveu à 300 anos atrás.
4 – FORMIGAS ZUMBIS
Além dos mortos, existem os mortos-vivos, neste caso, os zumbis da própria natureza: formigas infectadas por um certo fungo podem ser comandadas por ele.
O fungo as direcciona para a sua destruição, para depois poder espalhar seus esporos. Os cientistas identificaram várias espécies do fungo zumbi, que usa produtos químicos para controlar as formigas.
Após infectar uma formiga, o fungo faz com que ela deixe a sua colõnia e morda uma folha com uma última “mordida da morte” que mantém a formiga no local para que o fungo cresça uma haste para fora de sua cabeça para enviar esporos.
5 – LAGARTAS ZUMBIS
Desta vez, o fazedor de zumbis é um único gene num vírus. Uma espécie de baculovírus que infecta mariposas só assume o controle das lagartas, as impede de se transformar e as “manda” subir árvores.
Uma vez no alto das folhas das árvores, as lagartas morrem, gotejando partículas do vírus de volta para folhas onde novas lagartas podem se contaminar. Uma experiência mostrou que lagartas infectadas com um vírus sem o gene especial não subiam em árvores antes de morrer.
6 – MATEMATICAMENTE MORTOS
Um professor de física céptico, Costas Efthimiou, quis refutar a existência de vampiros e, para isso, bastou apenas um cálculo.
Segundo ele, havia 536.870.911 seres humanos em 1 de janeiro de 1600. Supondo que o primeiro vampiro surgiu naquele dia, e que ele mordeu uma pessoa por mês, transformando-a num vampiro, teria havido dois vampiros em 1 de fevereiro daquele ano, e, então, em 1 de março, quatro vampiros, e assim por diante. Se o vampirismo se espalhasse desse jeito, levaria apenas dois anos e meio para converter toda a população humana em vampiros, com ninguém mais para se alimentar. Impossível.
7 – SUAS CHANCES DE MORRER
Recentes desastres naturais receberam muita atenção, com o devastador tsunami que atingiu o Japão em março de 2011 sendo o principal deles. Sendo assim, está a morrer de medo do fim dos tempos.
Não se preocupe: é mais provável que você se mate do que que morra num desastre natural. Então, se você precisa de algo para mantê-lo assustado à noite, as probabilidades dizem que você deve se preocupar mais com doenças cardíacas e cancro, e não tsunamis e impactos de asteroides.
8 – EXPERIÊNCIAS DE QUASE MORTE
Todo mundo conhece alguém que diz ter tido uma experiência de quase morte. Agora, a ciência está a começar a explicar como nosso cérebro cria essas experiências.
Por exemplo, pesquisas já descobriram que experiências fora do corpo podem ser criadas através da estimulação da junção temporoparietal direita do cérebro. Isto sugere que experiências fora do corpo estão relacionadas a uma falha em integrar informações sensoriais do corpo nesta parte do cérebro.
9 – VIDA APÓS DECAPITAÇÃO
A actividade eléctrica no cérebro de ratos morre cerca de 17 segundos após eles serem decapitados.
Uma nova pesquisa descobriu, no entanto, que cerca de um minuto depois, uma onda grande e lenta de descarga eléctrica surge através do cérebro dos ratos.
Alguns investigadores interpretaram isso como um sinal de morte cerebral irreversível. Já outros argumentam que, mesmo após essa onda final, as células cerebrais ainda poderiam, em teoria, serem reanimadas. Como assim?
10 – ALGO (OU ALGUÉM) PRA MASTIGAR
Investigadores pediram a europeus e africanos que roessem ossos de porco e de carneiro. Em seguida, eles estudaram as marcas dos dentes, e as compararam com marcas semelhantes em ossos encontrados em sítios pré-históricos na Inglaterra e na Espanha.
Os resultados sugerem que os humanos pré-históricos podem ter respondido a uma falta de nutrição com canibalismo. Com a população moderna a crescer tanto, vai saber se não se chega nossa vez também…
fonte: HypeScience
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