O Pentágono está a desenvolver um software que permite criar perfis falsos no Facebook e no Twitter com o objetivo de publicar e disseminar opiniões e informações favoráveis ao governo dos Estados Unidos.
De acordo com notícia do The Guardian, a plataforma deverá operar sob a coordenação de especialistas que se encontram na base aérea de MacDill, estado da Florida, e que deverão gerir os múltiplos perfis de utilizadores fictícios que aparentemente se encontram noutros pontos do mundo - mas que não são mais do que contas criadas apenas e só para promover a propaganda dos EUA.
Ironicamente ou não, a plataforma começou a ser projetada no âmbito de um programa que dá pelo nome de Operation Earnest Voice ("operação voz sincera") que já levou a cabo algumas ações de propaganda durante a guerra do Iraque.
Como foi comprovado nas recentes revoltas do Egito e da Tunísia, as redes sociais revelam grande capacidade para moldar a opinião pública e criar movimentos políticos na população.
Entre os utilizadores das redes sociais, os perfis fictícios geridos de forma mais ou menos automatizada são conhecidos pela alcunha de puppets (marionetas). E não são só os governos que criam estes perfis fictícios - hoje já há multinacionais que recorrem a este expediente quando se trata de lançar uma nova campanha publicitária na Net.
Nos regimes ditatoriais, já era conhecida uma tendência para bloquear portais como o Facebook ou o Twitter, mas afinal, nem o democrático governo dos EUA abdica de exercer influência nas maiores redes sociais. E a prova disso é que, até à data, o executivo norrte-americano já terá despendido 140 milhões de dólares a desenvolver e lançar novos mecanismos de propaganda política.
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