Polícia procura cúmplices que exumaram os corpos
Jean Stevens, uma viúva norte-americana de 91 anos, vivia na sua casa em Wyalusing, uma cidade da Pensilvânia, com os cadáveres do marido e da sua irmã gémea. Os corpos, já embalsamados, foram desenterrados e mantidos em casa até a polícia descobrir este caso insólito. O marido, falecido em 1999, estava assim há cerca de uma década e a sua irmã gémea, que faleceu em Outubro de 2009, ficou vários meses.
A idosa explicou que tem “dificuldades em lidar com a morte” e que “enterrá-los significava o adeus”.
James Stevens, o marido de Jean, combateu na II Guerra Mundial e sofria de Parkinson, acabando por falecer a 21 de Maio de 1999. Já a gémea, June Stevens, com quem a idosa tinha uma ligação estreita, foi vítima de um cancro.
A viúva norte-americana disse que ter os cadáveres da irmã e do marido a viver consigo permitia-lhe falar com eles, tocá-los e olhá-los. Jean manteve a irmã num sofá e todos os dias a perfumava com a sua colónia preferida.
Referindo-se a este caso, a psiquiatra e professora universitária Helen Lavretsky disse que “pessoas que não são particularmente religiosas ou espirituais têm, por vezes, dificuldades em lidar com a morte por temerem que este seja mesmo o fim”. A mesma especialista diz que Jean “sente-se completa por ter a irmã e marido em casa, estando a contrariar a morte por trazer de volta os mortos”.
Outra razão para que esta senhora de avançada idade tenha desenterrado dois membros da familia é o facto de ser extremamente claustrofóbica. “Enterrá-los era sufocá-los”, disse a viúva.
A Polícia de Wyalusing ainda não conseguiu descobrir quem ajudou a senhora de 91 anos a desenterrar os dois cadáveres mas, apesar de este caso ser tão bizzaro, não consegue deixar de sentir compaixão por uma senhora “muito bem educada” que sofria de solidão.
fonte: Correio da Manhã
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