Alimentadas pelos fertilizantes agrícolas e beneficiando do calor, as algas marinhas espalham-se e ameaçam espécies.
Uma imagem de satélite da Agência Espacial Europeia (ESA) mostra uma gigantesca eflorescência de algas a cobrir uma porção do mar Báltico, conforme ilustra a fotografia, em cima, tirada no início deste mês.
As temperaturas elevadas e a ausência de vento facilitaram o desenvolvimento do fenómeno, o maior na região desde 2005, ocupando pelo menos 377 mil quilómetros quadrados, uma superfície ligeiramente superior à da Alemanha.
As algas são potencialmente tóxicas para a vida marinha, e a zona afectada estende-se desde as costas da Finlândia, a norte, até à Polónia, com áreas muito densas junto à Suécia. Os cientistas afirmam que, pela dimensão invulgar, a eflorescência ameaça várias espécies.
O processo chama-se eutrofização e é comum em lagos, alimentado pela fertilização dos terrenos agrícolas à sua volta. A água da chuva arrasta os nutrientes, que, por sua vez, se tornam alimento de algas, que acabam por extrair todo o oxigénio da água desses lagos ou rios. O fenómeno também ocorre no mar e há décadas que o Báltico regista estas eflorescências, também devido aos fertilizantes agrícolas, a que se junta neste caso, um Verão que se anuncia quente.
Os cientistas esperam que a eflorescência no Báltico se disperse, com o aumento da intensidade do vento. As ondas resultantes deverão espalhar as algas antes destas perturbarem os ecossistemas mais frágeis. Há também avisos sobre saúde humana: o contacto com esta água pode causar alergias.
fonte: Diário de Noticias
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