A investigação em torno da febre do Nilo Ocidental tem de "centrar-se mais no eventual diagnóstico de casos pelos médicos", refere ao DN José Calheiros, da direcção do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA). Os clínicos "devem ser os primeiros a estar atentos a casos suspeitos da doença porque até agora os resultados das análises aos mosquitos têm sido negativas", acrescenta.
O responsável considera que "já foram analisados muitos grupos de mosquitos. Se o vírus não foi detectado, acho que não faz muito sentido alongar demasiado esta vigilância no local, até porque é demasiado dispendiosa".
O papel dos médicos passa assim a ser central. "Não faz sentido alargar a zona de recolha de mosquitos, porque estaríamos à procura de uma agulha num palheiro". Por isso sugere que os vários intervenientes se articulem e que novas análises dependam de novos doentes, caso se registem.
Já a colaboração da Direcção Geral de Veterinária estará a arrancar. "É importante que se analisem outros mamíferos porque é um indicador do estado da infecção."
O responsável lembra que as mudanças climáticas já a alteram "padrões de doenças, como as lei- shmanioses ou febre escaronodular, que surgem cada vez mais com menos calor". Nos últimos anos, não foram detectados vírus na rede de vigilância, mas José Calheiros defende que se equacione o alargamento do programa em regiões menos cobertas, como o Norte.
fonte: Diário de Noticias
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