Dentes da espécie descoberta (esq.) são do tamanho de um crânio da Rattus rattus, uma das mais comuns
A organização de pesquisa científica e industrial CSIRO, da Austrália, divulgou no último sábado a descoberta de fósseis no Timor Leste do que pode ter sido a maior espécie de rato que já viveu no planeta, ou pelo menos a maior já vista. Segundo os cientistas, o animal chegava a pesar 6 kg, enquanto que a maior espécie de ratos ainda existente pesa em média 2 kg e vive nas Filipinas e em Nova Guiné. Não foi divulgado qual seria o tamanho exato do animal.
As escavações encontraram o total de 13 espécies de roedores, sendo 11 consideradas novas. "O leste da Indonésia é um ponto importante na evolução de roedores. Nós queremos atenção internacional para conservar a área", diz o pesquisador Ken Aplin.
Segundo os investigadores, exames indicam que o animal viveu entre 1 mil e 2 mil anos atrás, assim como os demais roedores encontrados na região. Apenas uma das menores espécies achadas ainda sobrevive no Timor hoje.
"Roedores são 40% da diversidade dos mamíferos em todo o mundo são um elemento-chave de ecossistemas, importantes para processos de manutenção do solo e dispersão de sementes. Manter a biodiversidade de ratos é tão importante quanto proteger baleias ou aves", afirma. Os cientistas dizem que o desmatamento - apenas 15% da floresta original do Timor ainda existe - foi um factor decisivo na extinção de várias espécies de roedores.
Segundo o investigador, os primeiros habitantes chegaram na ilha há 40 mil anos e caçavam e comiam essas espécies de ratos, mas a extinção ocorreu apenas recentemente. "Nós pensamos que as pessoas viveram sustentavelmente no Timor até entre 1 mil e 2 mil anos atrás. Isso significa que a extinção não era inevitável quando as pessoas chegaram à ilha. O desmatamento em larga escala para a agricultura provavelmente causou as extinções", diz o investigador.
fonte: Terra
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