Ilustração mostra manada de um ancestral dos elefantes modernos atravessando os terrenos enlameados de deserto na Arábia: comportamento antigo
Animais viviam em grupos matriarcais e seguiam passos de uma fêmea líder.
Quando uma manada de elefantes pré-históricos atravessou o terreno enlameado de um deserto da Península Arábica há 7 milhões de anos, seus integrantes deixaram para trás seus rastos e novas pistas sobre sua vida social.
Descoberta na região de Al Gharbia, em Abu Dhabi, a trilha de 260 metros revela que, assim como os elefantes modernos, seus ancestrais viviam em grupos matriarcais e seguiam os passos de uma fêmea líder.
Os rastos de 13 animais da ordem Proboscidea, que inclui os elefantes actuais e várias famílias já extintas, constituem o mais completo e extenso registo da movimentação de grupos de mamíferos pré-históricos.
Usando fotografias aéreas captadas por uma câmera instalada num papagaio, os cientistas liderados por Faysal Bibi, paleontólogo da Universidade de Poitiers, na França, e do Museu de História Natural de Berlim, puderam determinar não só o tamanho e peso dos animais como também seu género.
Análise dos rastos publicada na edição desta semana do periódico científico “Biology Letters”, publicado pela Royal Society, mostrou que apenas um dos elefantes do grupo, um macho adulto, movia-se de forma independente do resto.
Segundo Bibi, isso sugere que o comportamento dos elefantes de 7 milhões de anos atrás é basicamente o mesmo do observado hoje, com os animais vivendo e grupos segregados pelo sexo, em que fêmeas e jovens de ambos géneros viviam juntos sob a égide de uma fêmea líder, com os machos adultos se juntando a eles apenas na época do acasalamento.
fonte: O Globo Online
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