Primeira barca solar está exposta desde 1982. A primeira das cinco barcas encontradas demorou 13 anos a montar.
Uma equipa de arqueólogos egípcios e japoneses começou hoje a montar a segunda barca solar do faraó Keops (2579 – 2556 a. C.). Durante 4500 anos esta barca utilizada como “meio de transporte para o céu” ficou fechada na sua pirâmide, em Gizé. É um puzzle de 600 barras de madeira que, depois de restaurado, será montado e exposto ao público, dentro de um prazo de cinco anos.
Os investigadores estão já a fazer análises técnicas à madeira para perceberem se está ou não deteriorada. Para a sua deposição, e tal como acontecia com os corpos, a barca foi tratada com produtos químicos para se conservar.
Apesar do cuidado dos antigos egípcios, os primeiros dados das análises por raio-X indicam que algumas peças do puzzle podem estar gravemente danificadas devido à entrada de ar e água misturada com cimento que aconteceu durante as obras de construção do museu que, a uns metros da pirâmide, exibe, desde 1982, a primeira barca descoberta, em 1954.
Segundo Sakuji Yoshimura, professor da Universidade de Waseda e director da missão, durante os dois anos que se seguem, a madeira será analisada e restaurada. Serão necessários outros três anos para montar o esqueleto de mais uma das cinco naus que acompanharam o rei Jufu, baptizado como Keops pelo grego Heródoto, para a sua vida depois da morte.
A primeira barca é composta por 651 peças que o arqueólogo egípico Kamal el Mallaj demorou 13 anos a montar. Mede 43, 4 metros de comprimento, 5,6 de largura e 1,5 metros de calado. Foi construída com cedro do Líbano e as tábuas do casco estão unidas com cordas.
Esta segunda embarcação é menor e a sua montagem requer menos tempo, até porque existem novas técnicas e mais experiência. Outras duas barcas foram roubadas e a quinta ainda não foi desenterrada.
fonte: Ciência Hoje
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