A tartaruga 'Polysternon isonae'. A espécie 'Polysternon isonae' habitou o que é hoje sul de França e Península Ibérica.
Uma equipa de paleontólogos descobriu em Isona i Conca Dellà (Pallars Jussà, Pre-pirineo de Lleida, Catalunha), os restos fossilizados de uma espécie de tartaruga até agora desconhecida que viveu no tempo dos dinossauros e com eles se extinguiu no final do Cretáceo.
Os investigadores do Instituto Catalão de Paleontologia Miquel Crusafont, do Museu da Conca Dellà e da Universidade Autónoma de Barcelona, responsáveis pelo estudo, baptizaram a espécie como Polysternon isonae. O estudo está publicado na revista «Cretaceous Research».
Pre-pirineo de Lleida é uma zona muito rica em fósseis de dinossauros (com 65 e 70 milhões de anos). Por lá já apareceram restos de ossos, ovos e pegadas. O território, hoje montanhoso, era naquela época uma planície costeira aberta ao oceano Atlântico, com um clima tropical quente e uma vegetação abundante onde até se podiam encontrar palmeiras. Crocodilos, peixes e tartarugas estavam entre as numerosas espécies que habitavam este ecossitema.
Embora seja vulgar encontrar restos fósseis de tartarugas, estes consistem apenas em partes isoladas da carapaça. Descrever esta uma nova espécie foi possível pois os investigadores descobriram, durante as campanhas de 2008 e 2009, restos de carapaças bastante completas que preservavam partes do esqueleto inteiror, mostrando rasgos morfológicos.
Até agora conheciam-se duas espécies de tartarugas do género Polysternon, a provinciale e a atlanticum. Estas habitavam na zona que actualmente corresponde ao sul de França e à Península Ibérica. Eram animais adaptados à água doce e viviam nas zonas mais profundas dos rios e dos lagos.
As da espécie agora descrita, a isonae, tinham uma carapaça oval e mediam 50 centímetros de comprimento e 40 de largura. Os seus restos conservaram-se durante milhões de anos num estrato de arenito muito duro. Ao contrário desta tartaruga que se extinguiu com os dinossauros e as outras do mesmo género não.
fonte: Ciência Hoje
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