Os cientistas estão preocupados com uma enorme ilha de lixo que vagueia pelo Oceano Pacífico, e, segundo estudos agora revelados, parece que muitos podem ter exagerado um pouco ao avançarem que esta tinha duas vezes o tamanho do estado do Texas nos Estados Unidos.
As análises da professora oceanográfica Angelicque White, da Universidade do Oregon, revelam que os cientistas ambientais aumentaram pelo menos 200 vezes o tamanho da mancha de plástico que está à deriva nos mares do Pacífico.
A professora avisa que este tipo de afirmações alarmistas por parte dos cientistas não ajudam, mas prejudicam a investigação.
De acordo com White «afirmar que existe mais plástico do que plâncton no mar é uma táctica que prejudica a pesquisa porque parte de premissas falsas» o que «prejudica a credibilidade dos cientistas».
De acordo com o The Telegraph, a cientista sublinha: «os dados que temos permitem-nos fazer estimativas realistas, não precisamos de exagerar».
White corrige uma das afirmações mais alarmantes dos cientistas, a de que a mancha de plástico tem duas vezes o tamanho do Texas, declarando que como o plástico se estica através da superfície do mar, a sua massa comparada com a quantidade de água que ocupa, preenche apenas uma pequena fracção da área que se lhe atribui.
No então, ressalva que apesar de «a quantidade de plástico não ser trivial, a mancha ocuparia apenas uma pequena fracção do estado do Texas e não duas vezes o seu tamanho».
Apesar de garantir que esse plástico é tóxico para muitas formas de vida, como peixes e pássaros, a verdade é que existem organismos que ali vivem. A professora oceanográfica avança que apesar de o «plástico não pertencer ao oceano», retirar a ilha do mar seria muito caro e prejudicaria o sistema ecológico, assim, garante que objectivo não deve ser retirar a mancha, mas prevenir que mais plástico entre na água.
Pesquisas recentes de cientistas do Instituto Oceanográfico de Woods Hole revelam que a quantidade de plástico, pelo menos no Oceano Atlântico, não aumentou desde metade dos anos 80, apesar de a produção e consumo desses materiais ter aumentado.
fonte: Sol
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