quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Criados primeiros jogos de Pacman e Pinball com células vivas


Com quantas paramécias se faz um jogo?

Investigadores da Universidade de Standford, EUA, criaram um conjunto de videojogos que exigem o controlo de micro-organismos vivos e reais. Versões microscópicas de Pinball e Pacman são as grandes atrações.

Através de reações químicas ou o recurso à eletricidade os criadores destes novos títulos de jogos encontraram novas formas de controlar micro-organismos e executar tarefas previstas pelos enredos dos jogos.

O controlo dos organismos minúsculos é feito através de um "comando" similar aos que já são usados em consolas e computadores pessoais para jogar. Os movimentos das células são apresentados num ecrã vulgar em tempo real.

No total, são oito jogos com células, grupos de células ou moléculas por protagonistas.

Os investigadores norte-americanos não escondem que se inspiraram em alguns títulos que fizeram a história dos jogos. Os próprios nomes não enganam: PAC-mecium deve o nome ao Pacman, mas também à paramécia (organismos celular) que é controlada através de um campo elétrico com o objetivo de comer bolas microscópicas; e Biotic Pinball pode não ter o tilt dos flippers tradicionais, mas também permite, através de reações químicas, mandar um objeto (mais uma vez, uma paramécia) contra determinados pontos a fim de somar pontos.

A estes dois títulos mais sonantes há ainda que juntar POND PONG, PolymerRace, Cilliaball, entre outros.

Os mentores do projeto sublinham que estes jogos têm objetivos didáticos e apenas servem de prova de capacidade das denominadas bioengenharias na atualidade.

"Com estes jogos, estamos a trabalhar ao nível da microbiologia, e recorremos a formas de vida muito primitivas. Não usamos organismos (vivos) de níveis superiores. Uma vez que várias pessoas levantaram a questão sobre os limites a impor nesta área, estes jogos podem revelar-se uma boa forma de estimular o debate nos meios académicos sobre as problemáticas da bioética", refere Ingmar Riedel-Kruse, investigador da Universidade de Stanford, quando inquirido pelo DailyTech.



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