Médico português alerta que é cedo para se falar de uma salvação.
Uma equipa de investigadores cubanos anunciou que foi patenteada a primeira vacina terapêutica contra o cancro do pulmão. A comunidade científica internacional está atenta a estes estudos e na América Latina já são vários os países que se preparam para registar a vacina. Porém, Fernando Barata, pneumologista e presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão, alerta que é prematuro falar de uma salvação e que há que ter cuidado para não criar falsas esperanças nos doentes.
A responsável pela investigação, Gisela González, disse em entrevista ao semanário cubano Trabajadores que o trabalho está a ser elaborado há 15 anos e que actualmente a eficácia da vacina está a ser testada em mais de mil doentes, sem que tenham sido registados danos colaterais. O principal objectivo deste tratamento, segundo a cubana, é que o cancro do pulmão passe a ser uma doença crónica controlável.
"A vacina foi desenvolvida a partir de uma proteína que todos temos, ou seja, o factor de crescimento epidérmico, relacionado com os processos de proliferação celular. Quando há cancro, essa proteína está descontrolada", explicou Gisela González. Esta vacina é aconselhada para os doentes terminais, que já concluíram os tratamentos de quimioterapia e radioterapia e que não têm outras alternativas terapêuticas.
A investigadora referiu que a vacina "pode controlar o crescimento do tumor" e "aumentar a expectativa e qualidade de vida do doente". O estudo vai agora centrar-se em aplicar a vacina a outros tipos de cancro como o da próstata, útero e mama.
Com a vacina Cimavax-EFG patenteada em Cuba, esta vai começar a ser utilizada em todo o país, mas outros preparam-se para seguir os mesmo passos. O jornal argentino Clarín afirma que já está registada no Peru e que Brasil, Equador, Paraguai e Brasil também estão a tratar do processo. Na China vão começar a realizar-se testes.
fonte: DN
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