sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Elefante imita voz humana e fala coreano


Koshik põe a tromba na boca para produzir sons idênticos à voz humana Fotografia © kim Hong-Ji/Reuters

O elefante asiático, chamado Koshik, é capaz de imitar a voz humana e até mesmo de pronunciar palavras em coreano.

Quem já visitou o Jardim Zoológico de Lisboa lembra-se com certeza do elefante que tocava o sino em troca de uma moeda. No 'Everland Zoo', na Coreia do Sul, as capacidades do elefante local vão ainda mais longe.

Koshik é um elefante singular. Aprendeu a imitar a voz humana e o seu vocabulário inclui, pelo menos, cinco palavras em coreano: "olá", "não", "senta-te", "deita-te" e "bom". O animal, que está no zoológico 'Everland Zoo', na Coreia do Sul, utiliza a tromba, que coloca na boca, para transformar o seu bramido natural numa imitação da voz humana, conseguindo, assim, formar palavras, notícia o site da BBC.

Veja o vídeo de Koshik a 'falar':


Koshik entra assim para a lista dos animais que conseguem reproduzir o som humano quase na perfeição. À semelhança da beluga, também conhecida por baleia branca, que cativou fãs por todo o mundo depois de ter captado o som da voz humana e de o ter conseguido imitar, o elefante Koshik foi ainda mais longe, pois além de imitar a voz dos seres humanos consegue também pronunciar algumas palavras, diz a BBC.

Angela Stoeger, da Universidade de Viena, explicou que a voz humana se baseia essencialmente em dois aspetos: o tom e o timbre. "Surpreendentemente, Koshik é capaz de desenvolver tanto um como outro. Pode imitar os seus treinadores, algo que é notável num animal com tantas diferenças do homem", afirmou ao jornal espanhol 'El Mundo'.

Não está totalmente claro o motivo pelo qual Koshik adotou este mecanismo vocal, no entanto os investigadores sugerem que o facto de ser o único elefante no zoológico da Coreia do Sul, desde há cinco anos, e o facto de o seu único contacto ser com seres humanos, tenha ajudado a desenvolver essa aptidão, diz o site do jornal espanhol 'El Mundo'.

"Acreditamos que Koshik começou a adaptar a sua vocalização aos seres humanos com que convivia para fortalecer a sua socialização, algo que já se observou noutras espécies", disse Angela Stoeger, também ao 'El Mundo'.


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