A Direcção-Geral da Saúde (DGS) considera que actual crise financeira vai ter impactos «muito significativos» na saúde mental, estimando um aumento de algumas doenças mentais e da taxa do suicídio em alguns sectores da população.
No Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM), elaborado pela DGS e hoje divulgado, o organismo do Ministério da Saúde refere que «a crise financeira que vivemos vai ter seguramente impactos muito significativos na saúde mental das populações», sendo «plausível a ocorrência de um aumento da prevalência de algumas doenças mentais, assim como o aumento da taxa de suicídio em alguns sectores da população».
Nesse sentido, a DGS considera ser necessário que o PNSM tome «em devida conta» esta nova realidade, reforçando as medidas já previstas em relação ao desenvolvimento de serviços na comunidade, à promoção de programas de prevenção da depressão e do suicídio, e ao desenvolvimento da capacidade de intervenção em crise.
«Se o investimento no desenvolvimento dos serviços comunitários para doentes mentais graves já era uma prioridade antes da crise, é-o ainda mais agora», refere o documento hoje divulgado no site daquele organismo do Ministério da Saúde.
A DGS adianta que os constrangimentos económicos actuais constituem também «uma oportunidade para se proceder a reformas importantes, até agora de difícil implementação», tais como a adopção de directrizes para a prescrição racional de psicofármacos e o envolvimento de profissionais não-médicos em programas terapêuticos.
fonte: Sol
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