domingo, 23 de setembro de 2012

Descoberto em Santa Maria fóssil com mais de 100 mil anos


A ilha de Santa Maria, no Grupo Oriental, é a única do arquipélago dos Açores onde existem jazidas fósseis 

Uma mandíbula de cetáceo, que se estima ter entre 117 e 130 mil anos, foi descoberta na jazida fóssil da Praínha, na ilha açoriana de Santa Maria, anunciou a Secretaria Regional do Ambiente esta terça-feira.

Esta é a primeira descoberta a nível mundial de um fóssil de cetáceo em ilhas oceânicas para o período Plistocénico, em particular para o último estádio interglaciar, segundo os estudos realizados pelos paleontólogos da Universidade dos Açores.

A mandíbula foi encontrada por habitantes locais, admitindo as autoridades que possa ter sido colocada a descoberto pelas adversas condições marítimas ocorridas no final de Agosto com a passagem do furacão ‘Gordon’.

A força do mar removeu rochas de grandes dimensões e areia, acabando por expor a mandíbula, que, segundo os especialistas, deverá ser de um cachalote ou de uma baleia de barbas.

O osso, com cerca de um metro de comprimento, foi removido do local por técnicos do Parque Natural de Santa Maria e investigadores do Departamento de Biologia da Universidade dos Açores e será exposto no Centro de Interpretação Ambiental Dalberto Pombo, em Vila do Porto, logo que estejam concluídos os trabalhos de limpeza e análise.

A ilha de Santa Maria, no Grupo Oriental, é a única do arquipélago dos Açores onde existem jazidas fósseis.

No total, já foram identificadas nesta ilha 15 jazidas fósseis, datadas do final do Miocénico e início do Pliocénico, entre sete a cinco milhões de anos, além de outras seis jazidas mais recentes, do Plistocénico, com idades entre os 117 e os 130 mil anos, entre as quais a jazida da Praínha.


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