O peixe 'Astroblepus pholeter', descoberto em uma caverna no Equador (Foto: Daphne Soares, University of Maryland)
O animal, que ganhou o nome científico 'Astroblepus pholeter', foi encontrado numa caverna do Equador.
Cientistas americanos e equatorianos descobriram numa caverna no Equador uma nova espécie de peixe que chamou muita atenção. Baptizado de Astroblepus pholeter, o animal vive no escuro intenso, por isso não desenvolveu olhos.
Para se locomover, usa dentes que funcionam como sensores capazes de guiá-lo pelas águas correntes. Segundo os investigadores, o fenómeno era até então desconhecido pela biologia.
Os dentes em questão não são dentes normais que estão na boca, mas saem da pele do indivíduo. Muitos peixes têm este tipo de dente, chamado de dentículos dérmicos, mas a maioria os usa para cortar as presas, para se proteger ou para facilitar nadar.
Já o animal descoberto recentemente desenvolveu uma nova função para estes dentes: perceber o mundo a sua volta. Assim, consegue se locomover facilmente na escuridão e nas correntes rápidas.
Os peixes, em geral, costumam se guiar a partir dos neuromastos, células presentes na linha lateral do animal, que funcionam de forma semelhante ao ouvido dos vertebrados. A maioria dos peixes que vivem em cavernas possuem um sistema de neuromastos ampliado e mais eficiente, a fim de se adaptar à vida na escuridão.
Segundo os especialistas, as águas onde vive o Astroblepus pholeter, porém, são muito rápidas e turbulentas, o que pode ter atrapalhado o desenvolvimento dos neuromastos nesse animal e, consequentemente, criado uma nova função aos seus dentículos dérmicos.
A descoberta, publicada no periódico Current Biology, é assinada por três instituições:Universidade de Maryland, National Institutes of Health (NIH) - ambas nos Estados Unidos - e Pontificia Universidad Católica del Ecuador, no Equador.
fonte: Época
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