terça-feira, 11 de setembro de 2012

Baratas cyborgs podem ser controladas como marionetes e ajudar em desastres



Investigadores da Universidade da Carolina do Norte, EUA, desenvolveram uma interface para controlar baratas.

O objetivo do projeto é formar uma rede inteligente de insetos que possam procurar pessoas em cenários de desastres. 

“Nosso objetivo foi determinar se poderíamos criar uma interface sem fio em baratas, por serem robustas e capazes de entrar em pequenos espaços”, disse Alper Bozkurt, engenheiro eléctrico da instituição e coautor do estudo. 

Robôs já foram cotados para realizarem a tarefa de busca por pessoas em destroços, mas são considerados extremamente complexos e caros: “Construir pequenos robôs pode não ser a solução, além de ser extremamente difícil”, disse Bozkurt de acordo com a revista britânica Wired UK. 

“Decidimos usar baratas biónicas no lugar de robôs, porque a concepção de robôs numa grande escala é muito desafiador e as baratas são especialistas em penetrar em ambientes hostis”, comentou Bozkurt. 

A dificuldade de usar baratas, ou seja, um animal vivo, é que elas possuem seu próprio comportamento. 

O chip do receptor sem fio conecta-se com as antenas e os cercos (órgãos sensoriais do abdómen, normalmente usados para detectar a aproximação de um predador). O pacote inteiro do chip pesa 0,7 g. 

Ao estimular os cercos, as baratas são enganadas e entendem de modo que um predador está se escondendo atrás delas, o que as impulsionam para frente. 

Sua direção então é controlada através do envio de sinais para suas antenas, o que faz com elas imaginem estar tocando uma superfície física, guiando-as para os caminhos desejados.

As baratas cyborgs foram capazes de andar precisamente (como evidenciado no vídeo abaixo) em curvas e linhas tortas. 

Borzurt espera que as baratas da pesquisa possam ser usadas em situações de resgates: “Em última análise, acho que isso vai nos permitir criar uma rede de sensores inteligentes usando baratas para transmitir informações, como encontrar sobreviventes num prédio destruído por terremotos”, comentou.


Fonte: Jornal Ciência

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