Ella Claxton é uma bebé inglesa, de nove meses, que esteve morta durante 25 minutos, logo à nascença. Foi ressuscitada pela equipa médica da maternidade do Rosie Hospital, em Addenbrooke, integrada na rede pública de hospitais da Universidade de Cambridge, Inglaterra. A mãe, Rachel Claxton está agora a dinamizar uma campanha de recolha de fundos para a instituição que lhe salvou a filha.
Rachel recorda os “45 minutos” mais longos e penosos da sua vida, os primeiros da de Ella. “Só me lembro de ver sangue a escorrer-lhe do nariz, médicos, especialistas e parteiras por todo o lado”, conta no site do hospital.
Pelo canto do olho, conseguiu perceber tudo o que faziam à filha: alguém a fazer massagem cardíaca, sacos com sangue a passar. E o silêncio, lembra-se, que ninguém lhe explicou nada.
A placenta rompeu durante o parto, interrompendo o fornecimento de sangue e de oxigénio a Ella, soube mais tarde. E também percebeu mais tarde que a bebé esteve clinicamente morta durante 25 minutos.
Depois de reanimada, Ella foi transferida para a Unidade de Cuidados Intensivos do Rosie Hospital e foi nessa unidade que a equipa médica colocou um cobertor térmico por cima da recém-nascida, para que a temperatura baixasse para os 33,5º, menos quatro graus do que a temperatura normal. Um procedimento adoptado para reduzir os danos cerebrais na pequena Ella.
O efeito da hipotermia induzida é idêntico ao da hibernação, no qual as funções como a respiração, os batimentos cardíacos, a actividade cerebral e a pressão sanguínea são garantidas com menos oxigénio e energia.
Três dias depois, os médicos começaram a subir gradualmente a temperatura, a um ritmo de 0,5º diários. E onze dias depois, Ella Claxton teve alta médica.
"Hoje, acho que o tratamento de arrefecimento salvou a minha filha de danos graves no cérebro ou até da morte. Tem quase dez meses e está a crescer muito bem", contou Rachel. "Faz fisioterapia regularmente, porque ainda não começou a gatinhar e os médicos aperceberam-se que o lado direito é mais fraco. Mas isso não é nada, ela está connosco e isso é um milagre".
Dez meses passados, Rachel decidiu dinamizar uma campanha para doar 7 milhões de libras (8,2 milhões de euros) ao do Rosie Hospital, para reformar uma ala da maternidade. Metade dessa verba já foi arrecadada.
fonte: JN - em letra miúda
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