Um estudo publicado no âmbito da iniciativa OpenNet revela que a maioria dos programas utilizados por regimes ditatoriais para censurar a Internet foi desenvolvida por empresas do Ocidente
A conclusão surge num estudo da autoria de Helmi Noman e Jillian C. York, que tinha como objectivo analisar o papel das empresas do sector das novas tecnologias na censura da Internet, nomeadamente no Médio Oriente durante as recentes revoluções que ocorreram na região.
De acordo com o relatório, pelo menos «nove países da região utilizaram ferramentas para bloquear conteúdos sociais e políticos criadas no Ocidente», o que impediu «cerca de 20 milhões de pessoas de acederem a sites», sublinham os autores.
O conjunto de países citado pelo estudo inclui estados como a Arábia Saudita, Tunísia, Qatar, Sudão ou o Iémen, que recorriam a ferramentas para bloquear conteúdos relacionados com temas tão como ateísmo, sexualidade ou contrários ao Islão, entre outros.
Os autores do estudo alegam que as empresas que desenvolvem as tecnologias em causa, como a norte-americana McAfee ou a canadiana Netsweeper, sabem qual é o seu fim.
Jillian C. York considera mesmo que a conclusão mais importante do estudo foi terem descoberto «quanto dinheiro se está a gastar em tecnologia nos EUA para passar por cima de filtros que as suas próprias empresas criam».
fonte: Sol
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