Informar e desmistificar a “animosidade” criada em torno dos lobos foi o objectivo de uma série de actividades que hoje terminaram em Duas Igrejas, concelho de Miranda do Douro.
O lobo é uma das espécies cuja área de distribuição mundial tem sido a mais reduzida. Esta situação tem motivado “enormes” esforços com a finalidade de “evitar” a sua extinção.
Segundo Mónica Almeida, representante do grupo “O Lobo”, não se pode actuar de uma forma concreta e positiva, perdendo-se assim mais uma espécie animal, e todo o ecossistema fica mais pobre.
“Há zonas no país onde praticamente já não existem lobos. Temos de abordar a espécie de uma forma mais científica e menos empírica, de forma a evitar a extinção do predador”, relatou a ambientalista à Agência Lusa.
Os impactos ambientais como é caso das autoestradas ou parques eólicos são elementos que por vezes levam à “ausência das alcateias” junto dos centros mais populosos ou rurais.
Na opinião dos técnicos, o lobo tem um papel “muito útil” na natureza, já que se trata de “um predador de topo”, visto que a sua principal função é a “limpeza” do ecossistema de animais fracos ou doentes.
“Os animais domésticos são as espécies mais fáceis para um predador como o lobo. Por esse motivo é preciso estar atento às suas investidas,” considera Mónica Almeida.
A existência do grupo “O Lobo” resulta da necessidade de divulgar novos fatos sobre o lobo. O predador que “nos habituaram a ver como demoníaco”.
“Hoje em dia estes conceitos estão completamente desatualizados mas, infelizmente, os novos conhecimentos sobre este animal estão pouco divulgados junto da opinião pública e por este motivo é necessário sensibilizar a opinião pública para o efeito,” considera Mónica Almeida.
A população do lobo está divida por duas regiões importantes a nível nacional. Ou seja a parte norte e sul do rio Douro.
fonte: Diário Digital
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