segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Cientistas desenvolvem “pele ciborgue”

Editora Globo

Será que, no futuro, os robôs vão ter cravo e espinha também? 

Pela primeira vez na História, investigadores de Harvard conseguem misturar nanotecnologia com células e nervos orgânicos

A fronteira entre o electrónico e o biológico nunca mais será a mesma depois da descoberta de investigadores de Harvard, publicada dia 26 de agosto. Eles conseguiram, pela primeira vez, criar uma pele híbrida: metade orgânica, metade artificial.

Essa descoberta representa um grande avanço pelo facto da pele humana ter uma capacidade única de perceber o ambiente à sua volta e gerar uma resposta para cada situação; mudanças químicas e eléctricas, variação de pH, oxigénio...cada factor desses é sentido pela nossa pele e isso faz toda a diferença na hora de mimetizá-la. Sem a possibilidade de interagir com outros elementos, o que se tem é uma cópia barata de pele.

Agora a conversa mudou de tom. Os investigadores conseguiram embutir uma rede tridimensional de fios em nano escala dentro do tecido humano - é a primeira vez que esse tipo de coisa é feita em 3D. A técnica utilizada permite ainda que as estruturas electrónicas sejam da mesma escala de tamanho das conexões internas do nosso organismo: uma escala, acredite, muito, mas muito pequena.

Os grandes beneficiados com esses estudos devem ser as áreas de teste de remédios e a chamada medicina regenerativa, campo dedicado à substituição de células, tecidos e órgãos humanos para retomar as funções naturais do corpo.


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