segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Portugueses descobrem antibióticos contra 'antrax'


Representação esquemática da bicamada fosfolipídica da membrana e da sua alteração, após ação do antibiótico © DR/Ciências U Lisboa

A descoberta foi publicada esta semana na revista científica Nature Communications e divulgada em comunicado pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde trabalha a coordenadora da equipa científica, Amélia Pilar Rauter.

Cientistas portugueses descobriram antibióticos derivados de açúcares que matam as bactérias do género "Bacillus", como a "Bacillus anthracis", bactéria que foi usada como arma biológica no pó branco de 'antrax' para envenenar cartas, foi hoje divulgado.

A descoberta, cujos resultados foram publicados esta semana na revista científica Nature Communications, foi divulgada em comunicado pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde trabalha a coordenadora da equipa científica, Amélia Pilar Rauter.

A equipa, que incluiu alunos de mestrado e doutoramento, descobriu novos compostos derivados de açúcares que matam as bactérias do género "Bacillus", ao destruírem a membrana da célula.

Nestas condições, as bactérias "ficam sem resistência e morrem", sintetizou à Lusa Amélia Pilar Rauter, que lidera o Grupo de Química dos Glúcidos da Faculdade de Ciências de Lisboa.

A bactéria "Bacillus anthracis" está na origem da doença 'antrax', uma infeção que pode provocar lesões cutâneas, respiratórias ou intestinais potencialmente fatais.

A mesma bactéria foi usada como arma biológica, ao entrar na composição do pó branco utilizado para envenenar cartas nos Estados Unidos, em 2001, causando a morte de cinco pessoas.

A investigação hoje divulgada contou com a participação de especialistas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e da empresa italiana Biofordrug, vocacionada para o desenvolvimento de medicamentos considerados inovadores, e com o apoio da Cipan - Companhia Industrial Produtora de Antibióticos.


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