Sonda da NASA, com vários componentes europeus, terá momento critico da missão por volta das 20.00. Caso tenha sucesso, terá por objetivo estudar pela primeira vez o interior do planeta vermelho.
O cronómetro já esta a contar. Se tudo correr bem, cerca das 20.00 desta segunda-feira, a NASA's Mars Interior Exploration using Seismic I nvestigations, Geodesy and Heat Transport - ou InSight - estará a pousar na superfície de Marte. Será o 12.º engenho produzido pelo homem a concluir com sucesso esse desafio. O que não retira importância ou dificuldade à missão, que terá a particularidade de ser transmitida em direto no site da agência espacial norte-americana e nas redes sociais.
Como o nome denuncia, a InSight irá equipada com um conjunto de instrumentos, como sismógrafos de fabrico franco-britânico, uma escavadora feita da Alemanha e um sofisticado sistema de antenas, cujo objetivo comum será - pela primeira vez - traçar um retrato rigoroso do interior do planeta vermelho, sobre o qual se sabe ainda muito pouco.
Antes dessa etapa, no entanto, há que pousar com sucesso o aparelho. Um objetivo que está longe de ser garantido. Estatisticamente, as taxas de sucesso na aterragem das sondas enviadas a Marte são inferiores aos 50%, com a tensão a concentrar-se no que a britânica BBC descreveu como os "sete minutos de terror" entre a entrada na atmosfera a uma velocidade supersónica e o desejado momento em que a sonda pousa delicadamente na superfície do planeta.
Marte
Os últimos dias têm sido, por isso, de trabalho intenso para tentar garantir as melhores probabilidades de sucesso possíveis. "Enquanto a maioria do país estava a desfrutar do Dia de Ação de Graças com a família e amigos, a equipa da InSight estava ocupada a fazer os últimos preparativos para a missão desta segunda-feira", contou Tom Hoffman, do Laboratório de Propulsão a jato (JPL) de Pasadena, chefe desta missão. "Aterrar em Marte é difícil e exige muitos sacrifícios pessoais, como perder o tradicional Dia de Ação de Graças, mas fazer da InSight um sucesso vale bem este esforço extraordinário".
Mesmo entre as sondas que conseguiram aterrar no Planeta Vermelho, houve várias que acabaram por não cumprir os objetivos. A aventura teve início em 1971, com a sonda da URSS Mars3, em 1971, cuja missão foi apenas parcialmente sucedida. Seguiram-se, todas da NASA, as Viking 1 e 2, ambas em 1976, a MARS Pathfinder, em 1997, e a Polar Lander, em 1999. As três primeiras correram bem. A última fracassou. Em 2003, a Beagle 2, num projeto liderado pelo Reino Unido, estreou as missões da Agência Espacial Europeia (ESA). Mas não correu bem. E a ESA não teve melhor sorte quando repetiu a experiência em 2016, com a Schiaparelli. Pelo meio, no entanto, mais três missões norte-americanas:Opportunity e Spirit (2004) e Phoenix (2008). É neste histórico recente de sucesso pleno que os norte-americanos estão a pensar por estas horas.
fonte: Diário de Noticias
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