quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Descoberta arqueológica: cidade grega perdida foi desenterrada


Escavações perto da vila de Chiliomodi, a sul da região de Peloponeso, revelaram cidade perdida

O ministério da Cultura da Grécia anunciou, na terça-feira, que uma equipa de arqueólogos descobriu os restos arqueológicos de uma cidade perdida, perto da vila de Chiliomodi, na região de Peloponeso.

Conta a mitologia grega que a cidade foi mandada construir logo após a Guerra de Troia, entre o século XII e XIII a. C., pelo rei de Micenas, Agamenon, para os prisioneiros de guerra terem um lugar onde morar. Trata-se de Tenea, localizada na antiga Coríntia.

Os achados arqueológicos foram desenterrados entre setembro e início de outubro, perto da aldeia de Jiliomodi. Segundo a imprensa grega, acredita-se que os nativos desta antiga cidade grega tenham sido os colonizadores que fundaram a cidade italiana de Siracusa, na Sicília.

Os arqueólogos responsáveis pelas escavações encontraram muralhas antigas, pedaços de solo feitos de barro, pedra e mármore, peças de cerâmica - em que foi percebida a influência oriental - e mais de 200 moedas antigas. Na zona do cemitério, foram descobertos sete túmulos (com restos mortais de dois homens, cinco mulheres e duas crianas), quatro deles da época romana e três da época helenística. E ainda joias de ouro e bronze e moedas.

A arqueóloga Elena Korka, que liderou a equipa de especialistas, disse à agência de notícias Reuters que as estradas pavimentadas e a estrutura arqueológica de Tenea podem agora ser vistas. "Encontramos a evidência da vida e da morte, e tudo isso é apenas uma pequena parte da história do lugar", disse.

As escavações naquela zona começaram em 2013, mas, até este ano, os arquólogos só se tinham dedicado aos cemitérios ricos perto de Tenea, deixando a cidade por descobrir, explicou Korka à Associated Press.

Tenea floresceu durante a era romana e sobreviveu à destruição da cidade vizinha de Corinto, pelas mãos dos romanos em 146 a. C, escreve a russa RT. Acredita-se que tenha sofrido durante a invasão gótica no final do século IV d. C, e que tenha sido abandonada dois séculos depois.


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