quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Israel recupera máscara "extremamente rara" com 9000 anos


Exemplar usado por caçadores na era do Neolítico foi encontrado num campo próximo de Hebron, cidade ocupada da Cisjordânia.

Uma das 15 máscaras de pedra existentes no mundo e que remontam à era do Neolítico, nos primórdios da sociedade agrícola, foi recuperada pelas autoridades israelitas em Hebron, foi anunciado esta quarta-feira em Jerusalém Leste.

Segundo a Autoridade das Antiguidades de Israel (IAA, sigla em inglês), a máscara com tons de rosa e amarelo foi encontrada na posse de ladrões e entregue às autoridades no início deste ano.

Os trabalhos iniciais de investigação da IAA vão ser apresentados publicamente esta quinta-feira, durante a reunião anual da Sociedade Pré-Histórica de Israel, informou o jornal The Times of Israel.

"Descobrir uma máscara feita de pedra, com um alto nível de acabamento, é muito emocionante. A pedra foi completamente alisada e os traços são perfeitos e simétricos, até mesmo os ossos da face estão delineados. Tem um nariz impressionante e uma boca com dentes distintos", afirmou, no Museu Rockefeller, a arqueóloga Roni Lupu.

A descoberta da máscara, segundo os investigadores, reforçou a teoria dos arqueólogos de que tinham encontrado um centro de produção de máscaras de pedra do período neolítico e dos primórdios da revolução agrícola.

"É uma descoberta arqueológica extraordinária e ainda mais incomum é o facto de sabermos de onde vem", realçou Ronit Lupu, uma vez que só duas das 15 máscaras existentes foram encontradas em locais de pesquisa arqueológica.

"O facto de termos informações sobre a sua localização exata torna essa máscara mais importante do que a maioria das máscaras de seu tempo", adiantou Ronit Lupu, da unidade de prevenção antiiroubo da IAA.

Omry Barzilai, diretor do Departamento de Pesquisa Arqueológica da IAA, sublinhou que essas máscaras de pedra estão relacionadas com o aumento dos rituais religiosos dos seres humanos na fase de transição entre a sociedade dos caçadores-coletores e a da domesticação de plantas e animais.


O cérebro usa dois relógios para prever o futuro


O ser humano realiza previsões temporais das formas distintas que dependem de diferentes partes do órgão. Um tipo depende de memórias de experiências passadas e o outro depende do ritmo.

Cientistas da Universidade da Califórnia descobriram que o cérebro usa dois “relógios”para realizar previsões temporais que se encontram em partes diferentes do órgão.

Este estudo, publicado a 13 de novembro na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, sugere que “existem duas maneiras diferentes” em que estes sistemas cerebrais “nos permitem não apenas existir”, mas também “antecipar o futuro de forma ativa”, explicou o especialista que liderou a investigação, Assaf Breska.

Assim, um destes mecanismos internos baseia-se nas experiências do passado e está ligado ao cerebelo, enquanto que o outro depende do ritmo e está ligado aos núcleos da base. Ambos são regiões essenciais do cérebro, associadas ao movimento e à cognição.

O sistema baseado no ritmo “é sensível a eventos periódicos, como o que é inato à fala e à música”. Por outro lado, “o sistema de intervalos proporciona uma capacidade de antecipação mais geral, sensível às regularidades temporais mesmo na ausência de um sinal rítmico”.

Um exemplo da primeira situação seria mover o corpo antes da primeira nota da música que esperamos, enquanto o segundo seria ilustrado ao pressionar o pedal do aceleradoruma fração de segundo antes de a luz do semáforo mudar de vermelho para verde.

Os investigadores estudaram como o tempo de antecipação diferiu entre pessoas com doença de Parkinson e degeneração cerebelar. Para testar os diferentes graus desse tempo, foram usadas pistas temporais para medir os níveis de atenção. “Testamos indivíduos com degeneração cerebelar ou doença de Parkinson, com o último a servir como um modelo de disfunção dos núcleos da base”, explicou Breska.

Cada grupo visualizou uma sequência de quadrados vermelhos, brancos e verdes que avançavam numa tela. Depois, foram orientados a apertar um botão quando vissem um quadrado verde. O quadrado branco servia como um alerta de que o quadrado verde apareceria de seguida.

A sequência seguinte de quadrados consistia em quadrados da mesma cor passando num ritmo constante. Verificou-se que os pacientes com degeneração cerebelar responderam bem a essas sugestões.

Outra sequência seguiu um padrão mais complexo com um intervalo mais aleatório de quadrados vermelhos e verdes. Isto foi mais fácil para aqueles com doença de Parkinson.

“Mostrámos que os pacientes com degeneração cerebelar são prejudicados no uso de pistas temporais não-rítmicas, enquanto pacientes com degeneração dos núcleos da base associados à doença de Parkinson são prejudicados no uso de pistas rítmicas”, concluiram.

As descobertas desafiam a ideia de que um único sistema cerebral lida com todas as nossas necessidades temporais e sugere que, se um destes “relógios neuronais” falhar, o outro poderia assumir as suas tarefas.

fonte: ZAP

Os illuminati existem? Os Illuminati têm ligações com o Grupo Bilderberg?


Os illuminati é um grupo secreto que os teóricos acreditam estar planeando uma Nova Ordem Mundial, mas o grupo realmente existe e tem ligações com o Grupo Bilderberg?

Os illuminati existem e foram criados no século XVIII por Adam Weishaupt. O grupo começou como uma sociedade secreta inicialmente com cinco membros e foi nomeada a Ordem dos Illuminati. A sociedade secreta queria libertar-se da igreja e restrições do governo.

Adam Weishaupt era um pensador alemão e um professor anticlerical que se opunha ao poder da Igreja Católica Romana sobre a ciência e a filosofia e acreditava que o monarca e a igreja estavam reprimindo a liberdade de pensamento.

Eles estavam convencidos de que as ideias religiosas não eram mais um sistema de crenças adequado para governar as sociedades modernas.

Weishaupt decidiu começar uma outra forma de “iluminação”, um conjunto de ideias e práticas que poderiam ser aplicadas para mudar radicalmente a forma como os estados europeus eram administrados.

Ele começou a nova sociedade secreta, a Ordem dos Illuminati, na noite de 1 de maio de 1776.

Os primeiros membros dos Illuminati reuniram-se para fundar a ordem em que seriam governados numa floresta perto de Ingolstadt, na Alemanha.

Weishaput escreveu à sociedade a liberdade oferecida “de todos os preconceitos religiosos; cultiva as virtudes sociais; e os anima por uma grande, factível e rápida perspectiva de felicidade universal ”.

Para isso, foi necessário criar “um estado de liberdade e igualdade moral, livre dos obstáculos que a subordinação, a hierarquia e as riquezas continuamente lançam em nosso caminho”.

A sociedade secreta não permaneceu em segredo por muito tempo e as pessoas começaram a especular sobre a missão do grupo.

Chris Hodapp, co-autor de Teorias da Conspiração e Sociedades Secretas para Leigos, diz que uma das características que definem os primeiros membros dos Illuminati é que eles não confiavam em ninguém com mais de 30 anos, porque eles diziam que estavam muito determinados.

Os Illuminati foram reprimidos por uma operação do governo contra as sociedades secretas no final da década de 1780.

Mas os rumores disseram que continuou a sobreviver como uma organização clandestina até hoje.

Os Illuminati têm ligações com o Grupo Bilderberg?

O secreto Grupo Bilderberg se reúne anualmente para uma reunião em que discutem uma série de tópicos.

Algumas das figuras mais poderosas da política, finanças, jornalismo e academia encontram-se para a reunião anual.

O que quer que aconteça na reunião, permanece dentro do grupo, pois os participantes são proibidos de revelar o que foi discutido e os detalhes raramente são tornados públicos.

O grupo foi fundado em 1954 e projectado para fomentar o diálogo entre a Europa e a América do Norte.

Mas os teóricos da conspiração afirmam que os membros estão tramando a Nova Ordem Mundial e seu objectivo é a dominação global.

Os teóricos afirmaram que grupos secretos como o Bilberberg Group e Skull and Bones eram organizações de fachada dos Illuminati.

No entanto, esta teoria não foi oficialmente provada e é puramente especulação.

fonte: Express

Astrónomos do passado: Saiba o que realmente significam as pinturas rupestres


Petróglifos dos períodos paleolítico e neolítico, em que abundam pinturas de diferentes animais, são na verdade imagens de constelações, informa uma publicação no site da Universidade de Edimburgo.

Até agora, acreditava-se que essas imagens mostravam situações quotidianas ou cenas de caça. 

No entanto, após um estudo cuidadoso das cavernas na Turquia, Espanha, França e Alemanha, os cientistas chegaram à conclusão de que as pinturas nas cavernas foram criadas com uso de uma tecnologia tipo.

Isso prova que as pessoas dessa época dominavam a astronomia a um nível significativo. 

Como indicam os pesquisadores, a nova descoberta sugere que há 40 mil anos as pessoas já rastreavam o tempo usando conhecimentos sobre a alteração das posições das estrelas.

Além disso, de acordo com os especialistas, esquemas de constelações eram usados para registar eventos importantes, tais como desastres naturais.

Particularmente, foi verificado que as pinturas na caverna Lascaux, na França, contêm informações sobre a colisão de um meteorito com a Terra, ocorrida por volta de 15.200 anos antes da Era Comum.

fonte: Sputnik News

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Neandertais e humanos modernos acasalaram em vários momentos


Os neandertais e os antepassados dos humanos modernos acasalaram em diversos momentos durante um período de 30 mil anos, revela um novo estudo.

O estudo, publicado a 26 de novembro na revista Nature, aborda a relação entre os neandertais do oeste da Eurásia e os “humanos anatomicamente modernos” que deixaram África.

Nos últimos anos, os cientistas descobriram que os primeiros seres humanos que saíram da África encontraram neandertais a viver no é que hoje a Europa e a Ásia Oriental.

De facto, ao fazer análises genéticas em grande escala de fragmentos de ADN de neandertais presentes em humanos atuais do leste da Ásia e da Europa, dois especialistas da Universidade de Temple, nos EUA, constataram que os acasalamentos entre as duas espécies durante aquele período de 30 mil anos deixaram marcas nos genomas das populações não africanas contemporâneas.

“Quando os humanos anatomicamente modernos se dispersaram para fora de África, acasalaram com neandertais. O componente neandertal no genoma de humanos modernos é omnipresente em populações não africanas e, no entanto, é quantitativamente pequeno, representando uma média de apenas 2%”, explicam os autores do estudo.

Este padrão de ascendência neandertal em humanos modernos foi interpretado até agora como uma evidência que houve apenas um período de cruzamentos, que ocorreu pouco depois da saída dos nossos antepassados de África.

“Ainda assim, estudos demonstraram que a ascendência neandertal é entre 12% e 20% mais alta em indivíduos modernos do leste da Ásia em comparação com os da Europa”, escrevem os investigadores Fernando Villanea e Joshua Schraiber.

Os dois estudiosos afirmam que os padrões de ADN de origem neandertal presentes em humanos modernos se explicam melhor através da existência de vários episódios de acasalamento ocorridos entre os neandertais e as populações europeias e do leste da Ásia.

Os especialistas concluem que a recorrência dos encontros entre os humanos e os neandertais se encaixa na visão emergente que indica que as interações entre diferentes grupos de hominídeos foram frequentes e mais complexas do que se acreditava até agora.

fonte: ZAP

Este é "Knickers", o boi gigante que escapou ao matadouro



Tem sete anos, 1,94 metros de altura - quase tão alto como Michael Jordan - e pesa 1,4 toneladas. Chama-se "Knickers" e é o maior boi da Austrália. Não é um título oficial, mas o dono garante que como este gigante não há mais nenhum.

Numa reportagem do canal de televisão australiano "Seven News", é possível ver a dimensão do ruminante, que se destaca entre os outros animais do rebanho de uma quinta em Myalup, uma cidade da Austrália Ocidental.

"Knickers" é um "Holstein-Friesian", uma raça leiteira. Na idade adulta, as vacas pesam cerca de 680 quilogramas e têm 1,47 metros de altura. Os touros têm normalmente mais de 1,80 metros de altura e pesam cerca de uma tonelada. "Knickers" é significativamente mais alto e pesado do que qualquer outro animal da sua raça.

O dono, Geoff Pearson, disse que o tamanho de "Knickers" o salvou do matadouro. "Ele é demasiado grande para entrar na cela da fábrica de exportação", explicou o agricultor à ABC News da Austrália. "Temos uma alta rotatividade de gado e ele teve a sorte de ficar para trás", revelou.

Embora não seja candidato ao título de "maior boi do Mundo", "Knickers" não fica muito atrás do atual campeão, um boi chamado "Bellino", que registou pouco mais de dois metros de altura numa feira de gado em Roma, em 2010.


terça-feira, 27 de novembro de 2018

Ameaça de fora: NASA adverte sobre aproximação de 2 grandes asteroides


A agência espacial norte-americana advertiu sobre existência de dois grandes asteroides de até 120 metros de diâmetro que representam perigo para a Terra.

O primeiro corpo celeste a se aproximar do nosso planeta será o chamado 2009 WB105. 

Segundo cálculos científicos, seu diâmetro varia entre 53 e 120 metros.

Embora as estimativas mostrem que o asteroide não deve colidir com a Terra, especialistas da NASA planeiam estudar trajectória do corpo celeste pela proximidade ao nosso planeta.

De acordo com cálculos, no momento de maior aproximação, este corpo celeste se encontrará a 6 milhões de quilómetros da Terra que, em escala espacial, é uma distância curta. Além do mais, pesquisadores descobriram que horas depois outro asteroide relativamente grande se aproximará do nosso planeta.

A NASA está descobrindo mais e mais corpos celestes perto da Terra, aumento preocupação de um deles afectar negativamente nosso planeta.

O pesquisador da Universidade de Cardiff, Iain McDonald, citado pelo jornal IBT, está convencido de que o impacto é inevitável e é apenas uma questão de tempo. Segundo ele, colisões destrutivas com asteroides já ocorreram no passado e acontecerão novamente no futuro.

Obviamente, notícias sobre actividade de asteroides atraíram a atenção de fãs de teorias da conspiração. A maioria deles acredita que o crescente número de asteroides seja um sinal do próximo apocalipse.

fonte: Sputnik News

Descoberta água na atmosfera de um exoplaneta a 179 anos-luz da Terra


O exoplaneta HR 8799c é 7 vezes maior que Júpiter

Reunir informações detalhadas sobre exoplanetas é extremamente difícil. Mas, agora, astrónomos detetaram a presença de água na atmosfera de um planeta a 179 anos-luz de distância.

O sistema está na constelação de Pégaso e é constituído pela estrela HR 8799 e os planetas: HR 8799 b, c, d e e. A estrela tem 30 milhões de anos e é notável por vários motivos, incluindo as suas propriedades estelares estranhas.

Em 2008, investigadores anunciaram que tinham observado diretamente três exoplanetas em redor da estrela – HR 8799b, c e d. Já em 2010, anunciaram a descoberta de um quarto planeta, HR 8799 e.

As novas observações são da HR 8799 c, observada pela primeira vez em 2008. É um jovem planeta gasoso gigante, com cerca de 7 vezes a massa de Júpiter e que orbita a sua estrela a cada 200 anos. De acordo com a equipa de investigação, pode ser confirmada a presença de água na atmosfera do exoplaneta, bem como a falta de metano.

Os investigadores utilizaram uma potente combinação de duas tecnologias no telescópio do Observatório Keck, nos EUA. O primeiro é a ótica adaptativa, que neutraliza os efeitos de desfocagem da atmosfera da Terra. O segundo é um espectrómetro de alta resolução no telescópio Keck 2, que trabalha com luz infravermelha.

“Este tipo de tecnologia é exatamente o queremos usar no futuro para procurar sinais de vida num planeta semelhante à Terra. Ainda não chegámos lá, mas estamos a caminho”, disse Dimitri Mawet, professor associado de astronomia no Instituto de Tecnologia da Califórnia e investigador no Jet Propulsion Laboratory.



Sistema HR 8799

Até agora, os astrónomos já fotografaram diretamente mais de uma dúzia de exoplanetas. Uma vez tiradas, a composição química nas suas atmosferas podem ser analisadas.

Ao combinar a espectrografia com a ótica adaptativa, os investigadores fizeram medições mais precisas do planeta, confirmando a presença de água e a ausência de metano. A nova descoberta foi publicada a 20 de novembro no The Astronomical Journal.

“Agora já podemos aprender sobre a física e a dinâmica destes gigantes planetas exóticos, que não são nada como os planetas do sistema solar”, referiu Ji Wang, autor do estudo.

A equipe de Mawet já está a preparar-se para o próximo e mais novo instrumento no Observatório Keck, chamado de KPIC. O KPIC usará ótica adaptativa e espectroscopia, mas para um efeito ainda melhor. Com o KPIC, os astrónomos poderão observar planetas ainda mais fracos e mais próximos das suas estrelas do que HR 8799c.

“Por enquanto, estamos a aprender muito sobre como os planetas do nosso universo se formaram”, rematou Mawet.

fonte: ZAP

Rússia diz que vai verificar se americanos realmente pisaram na Lua

O astronauta americano Buzz Aldrin, o piloto da missão da Nasa que pousou na Lua em 1969

O astronauta americano Buzz Aldrin, o piloto da missão da Nasa que pousou na Lua em 1969

Chefe da agência espacial russa diz que missão do país terá como meta comprovar pouso da Apollo 11 no satélite há quase 50 anos. Teorias da conspiração sobre viagem da Nasa à Lua são comuns na Rússia.

O chefe da agência espacial russa, a Roscosmos, afirmou que uma missão do país para a Lua terá como objetivo verificar se os americanos realmente pousaram no satélite em 1969.

"Estabelecemos esse objetivo de voar [para a Lua] e verificar se eles estiveram lá ou não”, afirmou Dmitry Rogozin num vídeo postado no Twitter neste sábado (24/11).

Rogozin deu a declaração ao ser questionado se a Nasa de fato pousou na Lua há quase 50 anos. Ele pareceu estar fazendo piada, mas teorias da conspiração envolvendo a missão da agência americana à Lua são comuns na Rússia.

Os americanos pisaram na Lua em meio a uma corrida espacial entre os Estados Unidos e a União Soviética durante a Guerra Fria. O primeiro pouso do homem na Lua, em 1969, foi parte da missão Apollo 11, comandada por Neil Armstrong.

Os soviéticos abandonaram seu programa lunar em meados da década de 1970, após quatro foguetes lunares experimentais terem explodido.

A Rússia pretende enviar astronautas à Lua no início da década de 2030, numa missão que deve durar 14 dias.

No ano passado, Moscovo concordou em trabalhar em conjunto com a Nasa para criar uma estação espacial destinada a orbitar a Lua. Chamada de Deep Space Gateway, a plataforma seria baseada no modelo da Estação Espacial Internacional (ISS), que orbita a Terra, afirmou a Roscosmos. Os trabalhos conjuntos devem começar em meados da próxima década.


segunda-feira, 26 de novembro de 2018

145 baleias dão à costa em praia da Nova Zelândia


Metade dos animais já estavam mortos e os restantes foram abatidos

Dois grupos de 145 baleias-piloto deram à costa na praia de Mason Bay, na ilha de Stewart, na Nova Zelândia e, quando as autoridades foram alertadas para a situação e chegaram ao local, metade destes animais já se encontravam mortos. Os restantes foram abatidos.

"Infelizmente, a probabilidade de conseguir devolver ao mar as restantes baleias era extremamente baixa", lamentou Ren Leppens, do Departamento de Conservação (DOC) da Nova Zelândia.

Através de um comunicado, a entidade justifica que a "localização remota, a falta de pessoal nas imediações e a deterioração do estado das baleias levaram a que a coisa mais humana a fazer fosse a eutanásia", acrescentando que é, no entanto “uma decisão de partir o coração".

É frequente estes animais darem à costa na Nova Zelândia – cerca de 85 por anos -, o que não é normal é haver tantas baleias a darem à costa num grupo tão numeroso. Doença, descida da maré, fuga de um predador e falha de orientação podem ser algumas razões que podem estar por detrás destes incidentes.


fonte: Jornal Sol

Sentinela: a ilha onde é proibido por lei entrarem estranhos


Povo Onge tornou-se talvez no único que não se deixou tocar pela civilização moderna

Resistem ao toque e ao contacto com outras pessoas por isso são conhecidos como o povo mais hostil do mundo. Um missionário americano tentou violar a proibição de visita e pagou com a vida.

A Ilha Sentinela Norte, no arquipélago das Andamão, na baía de Bengala, alberga o povo indígena, sentineleses, que se diz estar em extinção. Ao certo ninguém sabe quantos são, podem ir de 40 a 250.

O que sabe mesmo é que são uma tribo que resiste ao toque e ao contacto com as outras pessoas por isso são conhecidos como sendo o povo "mais hostil do mundo".Por isso, estão entre os últimos seres humanos a permanecer praticamente intocados pela civilização moderna.

São uma tribo essencialmente de caçadores-coletores que subsiste através da caça, pesca e coleta de plantas silvestres. A língua que falam permanece não classificada e não é mutuamente inteligível com o idioma jarawa de seus vizinhos mais próximos.

Esta semana, a história da Ilha Sentinela do Norte e do seu povo voltou às páginas dos jornais e a surpreender o mundo. A notícia deu conta de que um missionário norte-americano, John Allen Chau, de 27 anos, terá morrido na sequência de um ataque desta tribo. A vítima terá sido levada até à ilha onde se encontravam os indígenas por pescadores. Tinha o objetivo de evangelizá-los. Estes terão dito que a tribo começou imediatamente a atirar flechas contra o corpo do americano, assim que este entrou no seu território, e deixado o seu corpo na praia.


Povo Onge ocupa a parte Norte da Ilha

Situada no arquipélago das Andamão, no Oceano Índico, e sob a administração da Índia, desde 1947, a Ilha Sentinela Norte é coberta por florestas. Antes do sismo e do tsunami que atingiu o Oceano Índico em 2004 a ilha tinha cerca de 72 km² e um formato mais ou menos quadrado. Mas além de aumentar a área da ilha, o sismo inclinou a placa tectónica que está debaixo dela levantando-a um a dois metros. E o resultado foi trazer ao de cima grandes extensões de recifes de coral que rodeiam toda a sua área, fazendo pensar na primeira referência em que esta terra terá sido identificada como uma ilha com uma infinidades de luzes.

Foi em 1771 que o inglês John Ritchie, de um barco ao largo da ilha, avistou uma imensidão de luzes, provavelmente corais, que incluiu nos seus escritos como a ilha de onde se avista "uma infinidade de luzes". Quem diria que esta ilha se tornaria então na terra mais isolada do mundo e mais hostil, se tornaria na terra onde a entrada de qualquer outra pessoa além dos nativos, é proibida por lei pelo governo indiano.

O governo indiano teve mesmo de proibir a ilha de ser visitada já que a população, conhecida como sentineleses, foi considerada hostil por especialistas. E a administração local teve de Andamão e Nicobar adotar uma política para garantir que caçadores não entrem ilegalmente na ilha.


InSight tenta aterragem de risco para missão histórica em Marte

 

Sonda da NASA, com vários componentes europeus, terá momento critico da missão por volta das 20.00. Caso tenha sucesso, terá por objetivo estudar pela primeira vez o interior do planeta vermelho.

O cronómetro já esta a contar. Se tudo correr bem, cerca das 20.00 desta segunda-feira, a NASA's Mars Interior Exploration using Seismic I nvestigations, Geodesy and Heat Transport - ou InSight - estará a pousar na superfície de Marte. Será o 12.º engenho produzido pelo homem a concluir com sucesso esse desafio. O que não retira importância ou dificuldade à missão, que terá a particularidade de ser transmitida em direto no site da agência espacial norte-americana e nas redes sociais.

Como o nome denuncia, a InSight irá equipada com um conjunto de instrumentos, como sismógrafos de fabrico franco-britânico, uma escavadora feita da Alemanha e um sofisticado sistema de antenas, cujo objetivo comum será - pela primeira vez - traçar um retrato rigoroso do interior do planeta vermelho, sobre o qual se sabe ainda muito pouco.

Antes dessa etapa, no entanto, há que pousar com sucesso o aparelho. Um objetivo que está longe de ser garantido. Estatisticamente, as taxas de sucesso na aterragem das sondas enviadas a Marte são inferiores aos 50%, com a tensão a concentrar-se no que a britânica BBC descreveu como os "sete minutos de terror" entre a entrada na atmosfera a uma velocidade supersónica e o desejado momento em que a sonda pousa delicadamente na superfície do planeta.

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Marte

Os últimos dias têm sido, por isso, de trabalho intenso para tentar garantir as melhores probabilidades de sucesso possíveis. "Enquanto a maioria do país estava a desfrutar do Dia de Ação de Graças com a família e amigos, a equipa da InSight estava ocupada a fazer os últimos preparativos para a missão desta segunda-feira", contou Tom Hoffman, do Laboratório de Propulsão a jato (JPL) de Pasadena, chefe desta missão. "Aterrar em Marte é difícil e exige muitos sacrifícios pessoais, como perder o tradicional Dia de Ação de Graças, mas fazer da InSight um sucesso vale bem este esforço extraordinário".

Mesmo entre as sondas que conseguiram aterrar no Planeta Vermelho, houve várias que acabaram por não cumprir os objetivos. A aventura teve início em 1971, com a sonda da URSS Mars3, em 1971, cuja missão foi apenas parcialmente sucedida. Seguiram-se, todas da NASA, as Viking 1 e 2, ambas em 1976, a MARS Pathfinder, em 1997, e a Polar Lander, em 1999. As três primeiras correram bem. A última fracassou. Em 2003, a Beagle 2, num projeto liderado pelo Reino Unido, estreou as missões da Agência Espacial Europeia (ESA). Mas não correu bem. E a ESA não teve melhor sorte quando repetiu a experiência em 2016, com a Schiaparelli. Pelo meio, no entanto, mais três missões norte-americanas:Opportunity e Spirit (2004) e Phoenix (2008). É neste histórico recente de sucesso pleno que os norte-americanos estão a pensar por estas horas.


Peixe mexicano pode ser o segredo para regenerar corações humanos


A espécie que habita nas grutas perdeu a visão e a cor

Quando ocorre um ataque cardíaco, o coração fica com uma cicatriz, que limita os movimentos do órgão. Agora, investigadores de Oxford acreditam que o segredo para regenerar o coração pode estar num pequeno peixe que habita nos rios do México.

Os genes do pequeno peixe tetra-mexicano, o Astyanax mexicanus, podem conter o segredo para o tratamento de alguns problemas cardíacos em humanos, já que esta espécie é capaz de regenerar o seu próprio coração sem deixar cicatrizes.

De acordo com um estudo publicado na Cell Reports, existem três partes do genoma desta espécie aquática envolvidas na sua capacidade de regenerar os tecidos cardíacos. Um dos genes do músculo cardíaco implicado nesse processo, o lrrc10, também se encontra em ratos e humanos, o que abre novas pistas para o tratamento de patologias como a insuficiência cardíaca.

A equipa liderada por Mathilda Mommersteeg, da Universidade de Oxford, estudou o peixe tetra-mexicano que vive nos rios do México e o seu homólogo, que se encontra nas cavernas de Pachón. Ao comparar os dois peixes, os investigadores descobriram que os que vivem nos rios têm a capacidade de regenerar o coração, enquanto os que se encontram nas cavernas perderam essa habilidade. Nestes últimos, a lesão (enfarte, por exemplo) dá origem a uma cicatriz permanente, o que não permite a regeneração.

Há um milhão e meio de anos, os peixes dos rios do Norte do México foram arrastados para as cavernas por inundações, o que fez com que estes tivessem de se adaptar ao novo habitat. Desta forma, não só terão perdido a capacidade de regenerar o tecido cardíaco, como também a visão e a cor.

Nos peixes do rio, os genes lrrc10 e caveolina mostraram-se muito mais ativos após as lesões no coração, o que leva os investigadores a acreditar que a manipulação destes e de outros genes pode vir a tornar possível a regeneração de corações humanos.

"Acho que este peixe pode dizer-nos, em algum momento, como podemos realmente reparar o coração humano. É cedo, mas estamos incrivelmente entusiasmados com estes peixes extraordinários e com o potencial para mudar a vida de pessoas com corações danificados", disse Mathilda Mommersteeg, citada pela BBC.

Nos seres humanos, não existe a possibilidade de regenerar o coração. Quando existe um ataque cardíaco, por exemplo, o músculo do coração fica com cicatrizes, que impedem que o órgão se contraia normalmente. Isto faz com que seja mais difícil o coração bombear sangue para o corpo todo, o que pode gerar insuficiência cardíaca. Nos casos mais graves, a única solução é o transplante.

Só no Reino Unido, frisou Mathilda Mommersteeg, mais de meio milhão de pessoas vivem com insuficiência cardíaca.


Portugueses descobrem antibióticos contra 'antrax'


Representação esquemática da bicamada fosfolipídica da membrana e da sua alteração, após ação do antibiótico © DR/Ciências U Lisboa

A descoberta foi publicada esta semana na revista científica Nature Communications e divulgada em comunicado pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde trabalha a coordenadora da equipa científica, Amélia Pilar Rauter.

Cientistas portugueses descobriram antibióticos derivados de açúcares que matam as bactérias do género "Bacillus", como a "Bacillus anthracis", bactéria que foi usada como arma biológica no pó branco de 'antrax' para envenenar cartas, foi hoje divulgado.

A descoberta, cujos resultados foram publicados esta semana na revista científica Nature Communications, foi divulgada em comunicado pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde trabalha a coordenadora da equipa científica, Amélia Pilar Rauter.

A equipa, que incluiu alunos de mestrado e doutoramento, descobriu novos compostos derivados de açúcares que matam as bactérias do género "Bacillus", ao destruírem a membrana da célula.

Nestas condições, as bactérias "ficam sem resistência e morrem", sintetizou à Lusa Amélia Pilar Rauter, que lidera o Grupo de Química dos Glúcidos da Faculdade de Ciências de Lisboa.

A bactéria "Bacillus anthracis" está na origem da doença 'antrax', uma infeção que pode provocar lesões cutâneas, respiratórias ou intestinais potencialmente fatais.

A mesma bactéria foi usada como arma biológica, ao entrar na composição do pó branco utilizado para envenenar cartas nos Estados Unidos, em 2001, causando a morte de cinco pessoas.

A investigação hoje divulgada contou com a participação de especialistas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e da empresa italiana Biofordrug, vocacionada para o desenvolvimento de medicamentos considerados inovadores, e com o apoio da Cipan - Companhia Industrial Produtora de Antibióticos.


Os verdadeiros "irredutíveis gauleses", afinal, eram ibéricos


Vista parcial das ruínas romanas de Lancia


Uma vista aérea das ruínas romanas de Lancia

Depois de quase dois séculos de resistência às legiões romanas, os povos ibéricos sucumbiram em 19 a.C. Foi em Lancia, uma aldeia perto de Léon, cujo espaço arqueológico poderá ser visitado a partir do próximo ano.

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Fica aqui ao lado. Ou quase. Junto à A 60 espanhola, que liga Léon a Valladolid, a antiga aldeia de Lancia tem uma extraordinária história para contar. Faz lembrar as aventuras de Astérix e Obélix na sua irredutível aldeia gaulesa, mas, no caso de Lancia, o episódio foi bem real - e dramático -, depois de mais de uma década de batalhas renhidas, até que uma traição (mais uma) levou a melhor a favor de Roma. Lancia, a pequena aldeia do lado de lá da fronteira, foi o último reduto da resistência dos povos ibéricos à ocupação romana, que se prolongou por mais de 150 anos.

Depois de duas décadas de escavações arqueológicas numa extensa área da antiga Lancia, que trouxeram à luz do dia esta e outras histórias da vida da aldeia, situada a poucos quilómetros da cidade de Léon, as autoridades da região decidiram abrir a zona às visitas do público a partir do próximo ano, segundo o El País.

Situada numa colina inexpugnável, Lancia só caiu para Roma no ano 19 a.C., cerca de quatro décadas depois de os lusitanos, um pouco mais a sudoeste, terem sucumbido, também eles, ao mesmo invasor. Tal como aconteceu aos líderes lusitanos, só uma traição fez cair também os irredutíveis de Lancia.

Foi essa última batalha, em 19 a.C., que a história lembra como especialmente sangrenta, com mais de 80 mil mortos do lado das tribos cantábricas e não muito menos entre as legiões romanas também, que pôs fim à lendária resistência ibérica. Iniciadas em 1996, as escavações de Lancia puseram a descoberto mais de 50 mil peças arqueológicas e estruturas de edifícios arruinados, que ocupam uma área de cerca de 30 hectares, e que neste momento estão cobertas por terra, para sua proteção, como conta o El País.

Em declarações ao diário espanhol, o arqueólogo Jesús Celis, diretor das escavações e técnico para o património cultural na Câmara de Léon, adiantou que a decisão de abrir aquele espaço arqueológico ao público foi tomada em julho passado e que o projeto, com um orçamento de 210 mil euros previsto para o próximo ano, está agora a ser ultimado.

"Encontrámos ali vestígios da era pré-romana, desde o século III a.C. até ao século V da nossa era", explica Jesús Celis. Lá está o antigo povoado dos cantábricos no topo da colina, sobre o qual os romanos edificaram depois a sua própria cidade e, em volta, todas as construções da nova Lancia, onde os romanos instalaram as suas termas, um mercado e habitações. Um centro de interpretação reunirá as peças desta história de resistência que assumiu proporções quase épicas dos povos ibéricos que se distribuíam pelos maciços montanhosos da península.
"Povos ibéricos tinham enorme poderio bélico"

"A Península Ibérica foi uma das primeiras regiões fora da península itálica onde os romanos chegaram, mas foi praticamente a última que eles conseguiram conquistar, tornando-se a partir daí um império", explica o arqueólogo e especialista na história de Roma Guilherme Cardoso, cujos trabalhos na região de Peniche trouxeram à luz do dia a mais antiga olaria romana conhecida no território da Lusitânia, do tempo do primeiro imperador, Octávio Augusto (27 a. C. a 17 a. C.).

Esta resistência renhida dos povos ibéricos ao avanço das legiões romanas, plasmada nas ruínas da antiga Lancia, só foi possível "porque estes povos estavam muito avançados nas suas técnicas bélicas", adianta Guilherme Cardoso. "Muitos eram guerreiros mercenários, que iam combater fora - terão mesmo chegado até ao Médio Oriente, segundo alguns autores -, e estavam por isso a par das técnicas bélicas mais avançadas do seu tempo."

Esses guerreiros tinham, por isso, uma capacidade de combate "idêntica, se não mesmo superior, à dos romanos", nota Guilherme Cardoso, explicando que foi a espada curta, muito manejável e eficaz, que os os povos ibéricos usavam que serviu de inspiração ao gládio, a icónica espada das legiões romanas. "Viram que era eficiente e copiaram o modelo."

A natureza difícil do território montanhoso, que era praticamente inexpugnável e ao qual os "povos duros da região estavam muito habituados", é outro fator que ajuda a explicar a longa resistência de quase dois séculos que as legiões romanas encontraram na Península Ibérica. Até que um dia Lancia, finalmente, caiu.


Cientista chinês diz ter criado primeiros bebés geneticamente modificados


Imagem retirada do vídeo publicado no Youtube pela AP  © DR

Cientista da SUSTech, uma universidade chinesa, anuncia ter feito alteração genética em embriões para os dotar de resistência à infeção pelo vírus HIV, uma característica que raramente acontece naturalmente.

A novidade, avançada em exclusivo pela agência de notícias AP, ainda não foi verificada por investigadores externos. No entanto já está a gerar muita polémica: He Jiankui, cientista da Southern University of Science and Technology (SUSTech), da China, acaba de anunciar a primeira "edição" genética de seres humanos levada a cabo com sucesso. Em causa estão duas gémeas cujo ADN terá sido manipulado de forma a que estas tivessem resistência inata à infeção pelo vírus HIV, uma mutação genética que se estima ocorrer naturalmente em menos de 1% da população mundial.


A resistência ao HIV deve-se a uma mutação do gene CCR5, que funciona como um co-receptor do vírus. A alteração genética em causa, que foi observada pela primeira vez no norte-americano Stephen Chron, na década de 1990, é conhecida por Delta 32, e traduz-se na eliminação de parte do gene, afetando a sua funcionalidade.

É este processo que Jiankui diz ter replicado em laboratório, recorrendo a uma nova ferramenta chamada CRISPR-cas9. No total, o cientista terá "tratado" os embriões de um total de sete casais, em tratamentos de fertilidade, sendo estas gémeas os primeiros bebés resultantes da experiência.

Em declarações à AP, o investigador assumiu os riscos de ser o primeiro a manipular geneticamente embriões humanos, reconhecendo que se o processo "não for seguro" as pessoas poderão "perder a confiança" nesta tecnologia. "Sinto uma forte responsabilidade, não apenas de fazer os primeiros mas também de os fazer como um exemplo".

Mas as implicações deste procedimento vão muito para além da sua eficácia imediata. Enquanto alguns investigadores defendem este passo, até por se destinar a combater uma doença que continua a ser um grave problema a nível mundial, outros advertem que a tecnologia ainda é demasiado recente para ser utilizada, desconhecendo-se que outras implicações a manipulação deste - ou de outros genes - poderão ter para o futuro dos pacientes e da própria humanidade. Outro receio é que este primeiro passo abra caminho a outras utilizações menos nobres da manipulação genética, como a criação de seres humanos com características melhoradas em relação ao resto da população.

Até agora, a tecnologia CRISPR-cas9 só tinha sido usada em indivíduos adultos, como uma ferramenta experimental para combater doenças terminais e incapacitantes.


NASA: Asteróide com 213 metros de largura tem 62 trajectórias de risco com a Terra até 2023


Um grande asteróide, com mais de duas vezes a altura da Estátua da Liberdade, está com 62 possíveis trajectórias de impacto com a Terra entre 2023 e 2117, alertou a NASA.

A data de impacto potencial mais próxima com o asteroide, chamado de Asteróide 2018 LF16, será a 8 de agosto de 2023. O asteróide pode então cruzar a órbita da Terra novamente a3 de agosto de 2024 e 1º de agosto de 2025. No total, existem 62 datas em que a rocha espacial poderia atingir a Terra, embora o risco desse cataclismo acontecer seja bastante baixo.

Com base nos cálculos da NASA, há uma chance em 30.000.000 de LF16 chocar com o nosso planeta - uma chance de 99,99999967 por cento de falha.

Na Escala de Risco de Impacto de Turim, o asteroide é um 'Zero', o que significa que a probabilidade de impacto é inexistente ou quase tão inexistente quanto possível.

Mas o tamanho e o número de possíveis datas de impacto tornam a rocha espacial um objecto incrivelmente formidável para rastrear.

No momento, o asteróide está viajando pelo espaço a mais de 15.13 kms por segundo.

Especialistas da NASA estimam que o asteroide tenha um diâmetro de cerca de 213 metros.

Uma rocha espacial tão grande é duas vezes mais alta que a torre do relógio do Big Ben em Londres, duas vezes a altura da Estátua da Liberdade em Nova Iorque e é quatro vezes mais alta que a coluna de Nelson em Trafalgar Square.

Se isso não for aterrorizante o suficiente, a força de impacto de um objecto deste tamanho poderia ser tão grande quanto a explosão de 50 megatoneladas da bomba Tsar - o mais poderoso dispositivo nuclear já detonado na superfície do planeta.

Felizmente, de acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), os asteróides tão grandes tendem a atacar a Terra menos de uma vez a cada 1000 anos.

E isso exigiria um asteróide significativamente maior de 10 quilómetros para testemunhar um evento de nível de extinção comparável ao do asteróide que matou dinossauros há 65 milhões de anos.

A ESA disse: “Alguns asteróides são muito grandes e causariam enorme destruição se algum deles atingisse a Terra, mas a população estimada em nosso Sistema Solar é bastante pequena e acredita-se que mais de 90% deles tenham sido descobertos. Nenhum deles representa qualquer risco de impacto.

“Alguns são muito pequenos - abaixo de 10 m de diâmetro - e apenas uma pequena fracção da população estimada destes foi descoberta, mas qualquer impacto seria inofensivo.

“O principal desafio vem da população de objectos de tamanho médio, variando de dezenas a centenas de metros de diâmetro”.

Muitos desses asteróides existem no vazio do espaço e os danos de impacto de uma dessas rochas espaciais podem causar danos significativos às cidades ou áreas povoadas.

Mas com bastante aviso prévio, a ESA disse que medidas apropriadas podem ser tomadas para proteger as pessoas.

O Asteroid LF16 foi descoberto pelo Sistema Sentry do Laboratório de Propulsão a Jacto (JPL) da NASA - um sistema automatizado de monitorização de asteróides projectado para rastrear potenciais riscos de impacto que espreitam no espaço.

A NASA disse: “O Sentry é um sistema de monitorização de colisão altamente automatizado que busca continuamente o catálogo de asteróides mais actual quanto às possibilidades de impacto futuro com a Terra nos próximos 100 anos.

"Sempre que um possível impacto é detectado, ele será analisado e os resultados publicados imediatamente aqui, excepto em casos incomuns em que buscamos confirmação independente."

fonte: Express

Estamos todos interligados, como toda a humanidade descende de um único casal há 200.000 anos


Os humanos modernos descendem de um casal que acasalou há 200 mil anos, afirmaram cientistas.

A impressionante conclusão foi determinada por pesquisadores que pesquisaram milhões de "códigos de barras" genéticos de 100.000 espécies diferentes - incluindo humanos - e acreditam que uma união em particular resultou em biliões de seres humanos nascendo ao longo dos séculos. 

Eles dizem que a reprodução do casal solitário que viveu há cerca de 100.000 a 200.000 anos, aconteceu após um evento catastrófico que quase dizimou toda a raça humana. Mark Stoeckle e David Thaler, que lideraram o estudo conduzido pela Universidade Rockefeller e pela Universidade de Basel, chegaram à conclusão após examinar o ADN mitocondrial que as mães transmitem de geração em geração. 

Isso, segundo os cientistas, mostrou a “ausência de excepcionalismo humano” e mostrou que os seres humanos são, na verdade, “de baixa a média em diversidade genética”.

O Dr. Stoeckle disse: “Poder-se-ia pensar que, devido ao seu elevado número populacional e ampla distribuição geográfica, os seres humanos poderiam ter levado a uma diversidade genética maior que outras espécies animais. 

Ele acrescentou: "No momento em que os humanos colocam tanta ênfase nas diferenças individuais e de grupo, talvez devêssemos passar mais tempo nos modos como nos parecemos um com o outro e com o resto do reino animal".

O Dr. Stoeckle chegou a afirmar que, apesar de os seres humanos serem intrinsecamente diferentes dos animais, em termos de biologia básica, “somos como os pássaros”.

As descobertas publicadas no relatório intitulado Evolução Humana, são as mais recentes revelações que emergem no mundo da ciência e lançam dúvidas sobre os padrões anteriormente acreditados de como os seres humanos evoluíram através dos tempos. 

O Dr. Stoeckle e o Dr. Thaler acreditam que 90% das espécies de animais vivos hoje descendem de pais que todos começaram a dar à luz na mesma época - menos de 250 mil anos.

O Dr. Thaler disse: "Esta conclusão é muito surpreendente e eu lutei contra ela o mais forte que pude."

fonte: Express

Encontrados insetos fêmea com pénis funcionais


Cientistas encontraram um grupo de insetos cujas fêmeas possuem um órgão muito similar a um pénis. Por sua vez, os machos apresentam bolsas que se comportam como vaginas. Segundo os investigadores, esta inversão é essencial durante o ato sexual.

No reino animal, os pénis podem apresentar variadas formas, mas, normalmente, só são encontrados num dos géneros de uma espécie. No estranho caso de uma tribo de insetos encontrada nas cavernas brasileiras e africanas, são as fêmeas que o possuem.

Os insetos da espécie Psocoptera (conhecida como “piolho-de-livro”) foram descobertos por investigadores japoneses há quatro anos em cavernas brasileiras. Desde então,estes animais têm vindo a ser estudados – especialmente o seu órgão sexual.

Segundo o estudo, publicado recentemente na Biology Letters, o órgão sexual das fêmeas possui um formato de gancho. Já os exemplares masculinos apresentam uma cavidade muito parecida com uma vagina. Graças aos seus órgãos sexuais, o ato sexual é muito diferente daquele que acontece normalmente entre outras espécies.

De acordo com os investigadores, as fêmeas são as responsáveis por agarrar e prender o macho com o seu “pénis gancho”, conhecido pelos cientistas como ginossoma, até receberem o esperma. Esta “troca” é útil para evitar que os machos escapem durante as 40 a 70 horas de duração do ato sexual.

Apesar de terem um órgão sexual incomum, as fêmeas não produzem espermatozoides nem conseguem ejacular. No entanto, estas estruturas semelhantes a pénis femininos são usadas na penetração durante o ato sexual.

Já os insetos fêmea encontrados em África – os Afrotrogla – possuem uma forma fálica com bordas bastante endurecidas. Isto levou os cientistas a acreditarem que a evolução dessas duas espécies se desenvolveu de forma diferente.

Os cientistas sugerem que o habitat destes insetos pode ter tido uma grande influência na evolução diferenciada desta espécie. Nas cavernas onde foram encontrados, cavernas consideradas extremamente oligotróficas, existe um ambiente marcado pela existência de uma grande competição por nutrientes.

Com uma provável baixa na ação masculina para evitar mais concorrentes no local, as fêmeas foram, literalmente, à caça de um parceiro que lhes pudesse dar o tão precioso esperma.

Os processos exatos por detrás destas mudanças ainda não estão claros, mas os cientistas creem que a coerção e a resistência entre machos e fêmeas de uma espécie está diretamente ligada a uma ação similar à de presa e predador (ou predadoras, neste caso). Na natureza, como a pressão é sobreviver, vale a pena mudar um pouco e quebrar as regras.

fonte: ZAP

Marte teve lagos que transbordaram e formaram desfiladeiros


Marte teve lagos que transbordaram e formaram desfiladeiros, sugere um estudo realizado por cientistas da universidade norte-americana do Texas.

Ao estudarem as formações geológicas do planeta, a partir de imagens de satélite, os especialistas chegaram à conclusão que centenas de crateras na superfície de Marte estiveram em tempos cheias de água, formando lagos e mares.

Segundo cientistas da Universidade do Texas, às vezes os lagos, alguns tão grandes como o mar Cáspio, considerado o maior lago do mundo, tinham tanta água que transbordavam, provocando cheias. Depois, a água “esculpia” as rochas, criando desfiladeiros.

No estudo, publicado esta semana na revista científica Geology, os autores estimam que mais de 200 crateras (“paleolagos”) serão pontuadas por desfiladeiros com dezenas a centenas de quilómetros de comprimento e vários quilómetros de largura.

“Consideramos que este estilo de inundação catastrófica e a rápida incisão de desfiladeiros era provavelmente muito importante na superfície de Marte.”

Usando imagens de alta resolução recolhidas pelo Mars Reconnaissance Orbiter da NASA, Goudge e os co-autores do estudo examinaram a topografia das aberturas e as bordas da cratera e encontraram uma correlação entre o tamanho da tomada e o volume de água que se esperava que fosse libertado durante uma grande evento de inundação.

Ao todo, os investigadores analisaram 24 antigos lagos e respetivos desfiladeiros. Um deles, a cratera Jezero, é o local escolhido para a aterragem de um novo veículo robotizado que irá procurar eventuais vestígios de vida passada em Marte. A missão, da agência espacial norte-americana NASA, tem lançamento previsto para o verão de 2020.

Ao contrário da Terra, Marte não tem placas tectónicas, o que significa que, de acordo com os cientistas, cataclismos como inundações ou a colisão de asteroides podem ter gerado alterações permanentes na paisagem à sua superfície.

fonte: ZAP

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Descoberto monstro na família dos mamíferos que obriga a mudar a História


Tinha o comprimento dum autocarro, a altura de uma casa e pesava nove toneladas. Este herbívoro antepassado dos mamíferos, incluindo os humanos, viveu no tempo dos dinossauros, e isso muda (quase) tudo o que sabíamos

Era imenso. Tinha 4,5 metros de comprimento por 2,6 de altura, quatro membros robustos e nove toneladas de peso, e alimentava-se exclusivamente de plantas. Mas o seu óbvio gigantismo não era a única particularidade da Lisowicia Bojani, a surpreendente espécie que um grupo de investigadores polacos e suecos descobriu e que descreve hoje pela primeira vez na revista Science. O novo mastodonte, um antepassado longínquo dos mamíferos, tem uma nova versão da história da evolução das espécies para contar.

Este animal, o maior do seu grupo até hoje descoberto - ele era um dicinodonte, pertencente à ordem dos terapsídeos, répteis que se assemelhavam a mamíferos e que são, na verdade, seus antepassados -, viveu entre há 210 e 205 milhões de anos, na fase final do Triássico. Ou seja, coincidiu no tempo e no espaço com os dinossauros, o que pulveriza muito do que se sabia e obriga a rever a visão sobre aquela era na Terra.

Até agora pensava-se que estes herbívoros, que fazem parte do passado evolutivo de todas as linhagens posteriores de mamíferos, incluindo a espécie humana, teriam perecido muito antes de os dinossauros terem surgido no mapa, para se tornarem reis e senhores da Terra durante 135 milhões. Afinal não foi assim, como mostra a descoberta da nova espécie de dicinodonte.


Uma reconstituição visual da nova espécie © Karolina Suchan-Okulska]

O novo mastodonte, cujos restos fósseis foram encontrados na Polónia, junto da localidade de Lisowice - daí o nome -, é a primeira prova material de que estes avoengos distantes foram contemporâneos dos dinossauros durante um certo período, como explica a equipa liderada por Tomasz Sulej, da Academia das Ciências polaca, e por Grzegorz Niedźwiedzki, da universidade sueca de Upsala.

"A descoberta de Lisowicia muda a nossa visão sobre a fase final da história dos dicinodontes, os "primos" dos mamíferos do Triássico", explica Grzegorz Niedźwiedzki, sublinhando que a nova espécie "também levanta novas questões sobre o gigantismo que dominava os dinossauros e que era também uma caracterísitica sua".

A nova espécie é o maior do seu género até hoje descoberto, e como diz o outro coordenador do estudo, Tomasz Sulej, "a descoberta de uma nova espécie com esta importância acontece uma vez na vida".


Cientistas fazem voar avião sem hélices e sem turbinas


O avião de asa fixa tem uma envergadura de cinco metros e pesa 2,45 quilos © DR

Um grupo de engenheiros do Instituto Tecnológico do Massachussets (MIT), Estados Unidos, conseguiu fazer voar o primeiro avião construído sem partes móveis, como hélices ou turbinas, e que não depende de combustíveis fósseis

O avião utiliza um sistema de propulsão denominado "vento iónico" e pode abrir a porta a "um futuro com aeronaves mais silenciosas e limpas", anuncia a revista Nature num artigo sobre esta experiência, argumentando que a descoberta da equipa do MIT gerará "comparações inevitáveis" com o primeiro voo a motor efetuado pelos irmãos Wright há quase 115 anos.

O avião de asa fixa, desenhado por uma equipa liderada por Steven Barrett, professor associado de aeronáutica e astronáutica no MIT, tem uma envergadura de cinco metros e pesa 2,45 quilogramas.

Os voos de teste realizaram-se no ginásio do Centro Atlético duPont, do MIT, o espaço interior maior que encontraram e conseguiram que a aeronave atravessasse com êxito os 60 metros de distância de uma ponta à outra.

O voo foi repetido 10 vezes com um rendimento semelhante e o aparelho voou a uma altitude média de 0,47 metros.

Inspirado na saga 'Star Trek' (Caminho das Estrelas), que via com avidez quando era criança, Barrett relata no artigo publicado na Nature que há nove anos começou a pensar em desenhar um sistema de propulsão para aviões que não tivesse partes móveis, como hélices, turbinas ou ventiladores.

O projeto fixou-se no "vento iónico", um princípio físico definido como impulso electroaerodinâmico e identificado há décadas, que descreve um "vento" ou um impulso que pode produzir-se quando passa uma corrente entre um elétrodo fino e outro grosso.

Se for aplicada a voltagem exata, o ar que existe entre os elétrodos pode produzir suficiente força para impulsionar um avião de pequeno tamanho.

O avião projetado por Barrett leva uma série de fios finos na frente da asa, que atuam como elétrodos carregados positivamente, enquanto os fios mais grossos na extremidade traseira funcionam como elétrodos negativos.

Por outro lado, a fuselagem da aeronave tem um conjunto de baterias de polímero de lítio que fornecem 40.000 volts de eletricidade para atuar os elétrodos e, assim, gerar o "vento iónico" a partir do movimento das moléculas de ar ionizado.

A vantagem deste sistema de propulsão é que não depende de combustíveis fósseis para voar, ao contrário dos aviões de turbina, e é completamente silencioso, em contraste com as hélices dos drones.

Este primeiro voo de um avião construído sem partes móveis "abriu novas e inexploradas possibilidades para desenvolver aeronaves mais silenciosas, mecanicamente mais simples e que não produzam emissões de combustão", explica Barrett, no artigo na Nature.

Em sua opinião, a teoria de que um avião movido por "vento iónico" pode voar ficou comprovada, embora ainda haja um longo caminho a percorrer antes de um dispositivo que possa realizar "uma missão útil".

"Deve ser mais eficiente, voar mais e fazê-lo ao ar livre", refere.

Barrett e seus colegas estão a trabalhar atualmente numa forma de aumentar a eficiência do seu projeto, produzir mais "vento iónico" com menos voltagem e, idealmente, desenvolver uma aeronave sem um sistema de propulsão visível.


fonte: Diário de Noticias