quinta-feira, 15 de março de 2012

Descoberta nova espécie de rã na cidade de Nova Iorque


Até agora, esta rã tinha sido confundida com uma variedade mais comum 

Uma equipa de cientistas encontrou uma nova espécie de rã na cidade de Nova Iorque, no meio de arranha-céus e com a estátua da Liberdade no campo de visão. A descoberta foi publicada na revistaMolecular Phylogenetics and Evolution. 

As últimas espécies de anfíbios descobertas para a ciência têm sido encontradas em florestas tropicais remotas. Mas foi nos charcos e lagos de Staten Island que cientistas das universidades Rutgers, UCLA, UC Davis e de Alabama encontraram uma espécie de rã desconhecida.

“É muito surpreendente que uma nova espécie como esta tenha passado despercebida nesta área”, disse Jeremy Feinberg, investigador do Brookhaven National Laboratory e quem fez a descoberta. 

O cientista estudava o declínio das populações de rãs nas zonas húmidas de Nova Iorque e Nova Jersey quando notou que alguns animais produziam sons diferentes. “Quando ouvi os chamamentos destas rãs pela primeira vez, eram tão diferentes que percebi que algo de especial estaria prestes a acontecer”, disse em comunicado. 

Até agora, esta rã tinha sido confundida com uma variedade mais comum. Mas na verdade é um animal mais raro, que tem vindo a desaparecer da região nas últimas décadas. A espécie terá vivido em Manhattan mas hoje está reduzida a poucas localizações, sendo o Yankee Stadium a zona com maior densidade populacional. 

A investigação, publicada na revista Molecular Phylogenetics and Evolution, contou com a ajuda de análises genéticas às rãs daquela região. Assim, os cientistas conseguiram determinar que estavam perante uma nova espécie, que ainda não tem designação científica. “Estava muito confiante de que os resultados das análises genéticas iriam apoiar a ideia de que esta era uma espécie diferente”, disse Feinberg. “Desde os anos 1800, os cientistas têm especulado sobre estas rãs estranhas mas só com os avanços da genética conseguimos provar alguma coisa.”

“O que esta descoberta prova é que mesmo em zonas urbanas densamente povoadas podem ser encontradas novas espécies”, disse Joanna Burger, do Departamento de Biologia Celular e Neurociência e orientadora do projecto de Jeremy Feinberg. “Por causa das extinções das últimas décadas – devido a destruição do habitat, espécies invasoras, pesticidas e parasitas –, é ainda mais imperativo apostar na conservação.”

fonte: Público

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