Um elefante e o seu tratador na floresta Ulu Masen, na província de Aceh, no âmbito do programa Conservation Response Unit
O elefante de Sumatra, na Indonésia, perdeu 69% do seu habitat nos últimos 25 anos e poderá extinguir-se em menos de 30, alerta a WWF. A UICN classificou-o nesta terça-feira como espécie Criticamente em Perigo, a um passo da extinção.
Em apenas uma geração, as populações de elefantes de Sumatra (Elephas maximus sumatranus) diminuíram para metade. “Os cientistas afirmam que, se esta tendência continuar, os elefantes de Sumatra poderão estar extintos na natureza em menos de 30 anos”, diz a organização World Wildlife Fund for Nature (WWF), em comunicado.
Em 1985, um censo concluiu que existiam entre 2800 e 4800 elefantes de Sumatra, em 44 populações, a maior das quais na província de Riau. Os últimos dados dão conta de cerca de 900 animais: 210 em Riau, 498 no Parque Nacional Bukit Barisan Selatan e 180 no Parque Nacional Way Kambas, ambos na província de Lampung.
Hoje, a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) alterou a classificação deste elefante, de Em Perigo para Criticamente em Perigo, a última classificação antes de Extinto. De momento, o elefante de Sumatra vive apenas em sete províncias.
Perda de habitat
A perda de habitat é uma das principais razões para esta decisão. Mas o que preocupa a UICN é que “as forças que estão a causar esta perda de habitat continuam sem ser fiscalizadas”. A organização considera que a maior ameaça é a conversão das florestas para fins agrícolas e de expansão de povoações, o que tem levado a conflitos entre elefantes e pessoas. Além disso, estes animais têm sido alvo do abate ilegal por causa do marfim.
A WWF apelou hoje a uma moratória imediata à destruição do habitat e pediu ao Governo da Indonésia para proibir o abate da floresta até que seja definida uma estratégia de conservação.
As populações de elefantes asiáticos estão fragmentadas e com tendência para uma diminuição. Já as populações de elefante africano estão estáveis ou a registar um ligeiro aumento desde os anos 90 do século passado.
fonte: Público
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