A Darpa é uma agência do governo americano responsável por desenvolver tecnologias para uso militar.
Ela é conhecida por realizar pesquisas que misturam alta tecnologia com bizarrices da ficção científica, como protótipos de exoesqueletos para uso em guerra e carros voadores.
Dessa vez, o novo projeto da agência é construir insectos-ciborgue, que possam ser controlados à distância e usados em situação de batalha.
Conhecido como Sistema Micro Electromecânico - Insecto Híbrido (HI-MEMS, em ingês), o programa estuda tecnologias para controlar a movimentação dos animais, do mesmo modo como as rédeas são usadas para controlar cavalos.
Os cientistas planeiam criar uma interface entre os insectos e as máquinas ao acoplar cargas electrónicas em seus músculos ou sistemas neurais, ainda nos primeiros estágios de sua metamorfose.
Como a maior parte de seu desenvolvimento corporal acontece em estágios posteriores da vida, o crescimento de tecido novo irá curar as feridas ao redor da carga e criar uma relação estável entre ela e o insecto.
Essa carga deverá guiar sua locomoção, determinar sua posição e extrair energia para operar o sistema electrónico.
A pesquisa ainda está em seus estágios iniciais, mas deverá investigar como controlar os movimentos do insecto, seja excitando diretamente seus músculos ou acionando electricamente seus neurónios.
Os cientistas também estudam como extrair a energia, mas uma das ideias é usar conversores termoeléctricos.
Esse tipo de tecnologia tende a aumentar a duração e a capacidade de missões que usem pequenos robôs, já que o modo pelo qual os insectos guardam energia em sua gordura é mais eficiente que baterias, e seus músculos são mais versáteis e fortes que motores.
Segundo os investigadores, essa alta eficiência dos insectos aconteceria porque, ao contrário de máquinas que levam décadas para serem desenvolvidas, suas características foram selecionadas durante milhões de anos de evolução.
Fonte: Revista Galileu
Sem comentários:
Enviar um comentário