A confirmação da existência de uma partícula mais rápida do que a luz pode abrir portas à hipótese de se poder “viajar no tempo”, defendeu o investigador português do Conselho Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN).
“Se esta experiência se confirmar, haverá uma enorme revolução na física, que trará graves consequências, porque há uma quantidade de coisas que achávamos que estavam descobertas e afinal não estão”, disse à Lusa Gaspar Barreira, o cientista português que pertence ao Conselho do CERN.
Gaspar Barreira lembra que, caso haja a confirmação da descoberta, esta vai “mexer com o princípio da causalidade” e até permitir a hipótese de se poder “andar para trás no tempo e condicionar no futuro uma ação do passado”.
“O mundo é muito mais complexo do que as nossas teorias científicas. Não fazemos a mais pequena ideia do que se passa com 95 por cento do universo”, lembrou Gaspar Barreira, que também é presidente do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP).
Gaspar Barreira estava na reunião mensal do CERN, em Genebra, quando soube dos resultados da investigação, que só viriam a ser publicamente divulgados horas mais tarde.
“Há resultados que eu esperava, mas nunca este. Há poucas gerações que podem viver estas experiências”, disse o cientista, que acredita que os próximos anos sejam de grandes descobertas, “tal como aconteceu na viragem do século passado”.
fonte: Público
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