domingo, 3 de abril de 2011

Folha artificial reproduz fotossíntese


Processo inspirado em fotossíntese pode gerar energia limpa mais barata

Investigadores procuram formas de gerar energia limpa de forma mais barata

Por quê criar novas formas de gerar energia limpa, quando podemos copiar o que as plantas estão a fazer há milénios?

O investigador Daniel Nocera, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), inspirou-se na vegetação para desenvolver a primeira folha artificial que realiza a fotossíntese. A folha, na verdade uma célula solar do tamanho de uma carta de baralho, usa a energia da luz do sol para gerar electricidade, que divide água em hidrogénio e oxigénio. O hidrogénio e o oxigénio produzidos podem, então, alimentar uma célula combustível para gerar energia limpa.

Em 2008, Nocera revestiu um eléctrodo de óxido de estanho-índio com uma combinação de cobalto e fosfatos para catalisar o processo de separação da água. No ano passado, a equipa de Nocera revelou um dispositivo ainda mais barato de separação da água baseado em cobalo e níquel. Nos testes, a folha artificial funcionou continuamente por 45 horas sem reduzir a produção.

Ao utilizar materiais baratos e abundantes, Nocera espera finalmente desenvolver um dispositivo que poderia gerar energia para uma casa de um país em desenvolvimento usando apenas quatro litros de água por dia. Sua empresa, a Sun Catalytix, em Cambridge, Massachusetts, está a tentar comercializar a tecnologia de fotossíntese artificial. A empresa indiana Tata já fechou um acordo com Nocera para o desenvolvimento de uma pequena usina de energia baseada nesta tecnologia.

Nesta semana, quatro equipas de pesquisa dos Estados Unidos e do Reino Unido receberam US$ 10,3 milhões em financiamento para melhorar o processo de fotossíntese artificial. As equipas estão a procurar tecnologias para superar as limitações no processo, como gargalos naturais no processo químico. Eles esperam que o trabalho aumente a eficiência da produção de alimentos e gere energia limpa.


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