A maioria das pessoas, quando descobre uma aranha no quarto, tenta livrar-se dela o mais rápido possível. Mas um novo estudo científico conclui que, se calhar, o melhor mesmo é ter sempre uma aranha à cabeceira da cama. De acordo com Mail Online, a picada de uma aranha armadeira brasileira (Phoneutria nigriventer) tem efeitos secundários no ser humano, entre os quais uma erecção que pode durar até quatro horas.
Estas criaturas de oito patas são oriundas da América do Sul e Central. Investigadores da Universidade de Medicina de Georgia, nos Estados Unidos, acreditam que esta espécie pode ser a solução para problemas de disfunção eréctil. Segundo a fisiologista Kenia Nunes, o veneno destas aranhas é composto por uma mistura de várias moléculas. “Estas moléculas são chamadas toxinas, e neste veneno temos uma grande variedade de toxinas com diferentes actividades”, explicou ao Mail Online.
“Por causa disso, quando um ser humano é mordido por uma destas aranhas, podemos observar diferentes reacções, desde priapismo, um estado em que o pénis está constantemente em erecção”, acrescentou. Outro dos efeitos, para lá das longas e dolorosas erecções, são a perda do controlo muscular, dores fortes, dificuldade em respirar e, se a vítima não for tratada rapidamente com um anti-veneno, pode provocar a morte, devido à privação de oxigénio. Mas os seus efeitos incomuns podem servir para tratar a disfunção sexual, quer nos homens, quer nas mulheres, reforçou Kenia Nunes.
No estudo que desenvolveu, publicado no Journal of Sexual Medicine, Kenia Nunes administrou o peptídeo PnTx2-6 a ratos hipertensos e com disfunção sexual. “A toxina conseguiu normalizar este problema nos ratos”, adiantou. Esta toxina das aranhas funciona como uma espécie de Viagra. “Está é uma boa notícia, pois sabemos que há muitos pacientes que não respondem às terapias convencionais. Este pode ser um tratamento alternativo”, referiu.
A aranha armadeira brasileira já foi encontrada em supermercados americanos e canadianos, mas normalmente está presente nas plantações tropicais de bananeiras. Segundo o especialista em aracnídeos do Museu Burke da Universidade de Washington, Rod Crawford, apenas 10 em cerca de sete mil pessoas morreram, devido à picada desta aranha.
fonte: JN - Os Bichos / Daily Mail
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