Imagem reconstruída de Tutankhamon
O túmulo de Tutankhamon, um dos mais célebres faraós do Antigo Egipto, deverá encerrar as suas portas em breve, para que seja evitada a deterioração causada pela visita de milhares de turistas.
Quem quiser visitar aquela que é uma das maiores atracções turísticas e arqueológicas do mundo poderá ter agora uma das últimas oportunidades, porque o responsável do Conselho Supremo de Antiguidades do Egipto, Zahi Hawass, anunciou que o túmulo de Tutankhamon será fechado a cadeado, e provavelmente para sempre.
O objectivo é evitar a deterioração da antiga necrópole faraónica na antiga Tebas, hoje cidade de Luxor, que se tem acentuado devido ao elevado número de turistas que a visitam.
O encerramento do túmulo está também relacionado com o projecto de Hawass para criar réplicas dos túmulos mais importantes para desviar o turismo das necrópoles originais, de modo a conservá-las. Alguns especialistas já começaram a recolher imagens dos verdadeiros túmulos, através de raios laser, para que se possam depois construir as réplicas. As sepulturas originais só poderão ser visitadas por especialistas em arqueologia e mediante o pagamento de uma entrada “caríssima”, disse Hawass, para quem “proteger a história é mais importante do que o turismo”.
Também deverão encerrar definitivamente os túmulos do faraó Seti I, um dos mais imponentes do Vele dos Reis, e da célebre rainha Nefertari, mulher de Ramsé II, no Vale das Rainhas, sublinhou o diário espanhol “El País”. Estas sepulturas, que se destacam pelas suas delicadas pinturas, já não recebem visitas turísticas há algum tempo.
O túmulo de Tutankhamon é considerado uma espécie de símbolo do Antigo Egipto desde que foi descoberto por Howard Carter, em 1922. Desde então foi visitado por milhões de pessoas, curiosas por saber mais acerca do “faraó menino”, que morreu aos 19 anos há 3344 anos.
As pinturas da câmara funerária têm sido afectadas por essas visitas, que aumentaram muito desde que, em 2007, foi decidido mostrar a múmia de Tutankhamon numa urna climatizada. Zahi Hawass disse ao diário espanhol ABC que o túmulo poderia ficar completamente destruído dentro de 200 anos devido à respiração dos turistas, mas ainda não anunciou a data de encerramento nem qual será o destino da múmia do faraó.
fonte: Público
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