domingo, 31 de março de 2019

Naufrágio no Nilo é a primeira prova de que Heródoto não estava a mentir sobre os barcos egípcios


Um navio naufragado encontrado no rio Nilo pode ter permanecido inalterado durante mais de 2.500 anos. Agora, está finalmente a revelar os seus segredos: cientistas pensam que este navio revelou uma estrutura cuja existência tem vindo a ser debatida há vários séculos.

No fragmento 2.96 de Histórias de Heródoto, publicado por volta de 450 a.C., o historiador da Grécia Antiga descreve um tipo de barco de cargo do Nilo, chamado baris. Segundo descreveu Heródoto, a navegação foi construída como alvenaria, forrada de papiro e com um leme que passa por um buraco na quilha.

Segundo o ScienceAlert, este sistema havia sido visto em representações e modelos durante o período faraónico, mas não havia nenhuma evidência arqueológica da sua existência. Pelo menos, até agora.

Os arqueólogos exploraram o Navio 17, da cidade portuária de Thonis-Heracleion, agora submersa, perto da Boca Canópica do Nilo, datada do Período Tardio do Egito (664-332 a.C.). Apesar de estar submerso há, pelo menos, 2.000 anos, o Navio 17 tem revelado segredos sem preço. Aliás, os cientistas conseguiram descobrir 70% do seu casco.

“Quando descobrimos este naufrágio, percebemos que Heródoto estava certo“, disse Damian Robinson, arqueólogo do Centro de Arqueologia de Oxford, ao The Guardian.

O navio exibe vários elementos observados por Heródoto. “As articulações das tábuas do Navio 17 são desconcertadas de uma forma que lhe dá a aparência de ‘cursos de tijolo’, como escreveu Heródoto”, afirmou Alexander Belov, do Centro de Estudos Egiptológicos da Academia Russa de Ciências, num artigo publicado em 2013.

“As tábuas do Navio 17 são montadas transversalmente por espingardasnotavelmente longas que podem chegar a 1,99m de comprimento e que passam por 11 estacas. Essas alças correspondem às ‘estacas longas e próximas’ da narrativa de Heródoto… Heródoto também menciona a quilha de Baris e o Navio 17 tem uma quilha que é duas vezes mais espessa do que a tábua”, escreveu ainda.

Existem algumas inconsistências – o vaso que Heródoto descreve ter espigas mais curtas, que agiam como nervuras que seguravam as tábuas de acácia do casco; e o facto de o Baris de Heródoto não ter armações de reforço, ao contrário do Navio 17, que tinha vários.

“Heródoto descreve os barcos como tendo longas costelas internas. Ninguém sabia o que isso significava … Essa estrutura nunca foi vista arqueologicamente antes. Mas, finalmente, descobrimos essa forma de construção neste barco em particular e é absolutamente o que Heródoto descreveu”, disse Robinson.

Segundo estas descobertas, os cientistas acreditam que o Navio 17 está muito próximo da descrição de Heródoto e que poderia, até, ter sido construído no mesmo estaleiro.

A exploração de Belov sobre a construção do navio foi publicada numa monografia do Centro de Arqueologia Marítima de Oxford: Ship 17: a baris from Thonis-Heracleion.

fonte: ZAP

Com muita corrente e mais largos do que os da Terra. Assim eram os rios em Marte


Novos dados sugerem que o planeta poderá ter tido uma espécie de efeito de estufa na fase inicial da sua história.

Os rios em Marte fluíam intensamente e eram mais recentes do que se pensava anteriormente, conclui um estudo esta quarta-feira divulgado, que estima que os rios marcianos eram quase duas vezes mais largos do que os atuais da Terra.

A síntese dos resultados da investigação é divulgada em comunicado pela American Association for the Advancement of Science (Associação Americana para o Avanço da Ciência), que edita a revista Science.

Segundo o estudo, Marte terá tido, há entre 3,6 mil milhões de anos e mil milhões de anos, e mesmo em períodos mais recentes que mil milhões de anos, escoamentos de água intensos, que estariam distribuídos por toda a superfície do planeta.

Se as estimativas das datas estiverem certas, tal pode sugerir, de acordo com os autores da investigação, que o 'planeta vermelho' estaria a perder atmosfera mais rapidamente do que se calculava antes e que teria outros 'condutores' de precipitação na camada mais baixa da atmosfera.

A equipa de cientistas liderada por Edwin Kite, do Departamento de Ciências Geofísicas da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, baseou-se em imagens de vestígios de canais e calculou a intensidade do fluxo dos rios usando vários métodos, incluindo a análise do tamanho dos canais.

"Já é difícil explica a existência de rios ou lagos [em Marte] com base na informação que temos", explicou Kite num comunicado . "Isto torna um problema difícil num outro ainda mais difícil."

É, para já, complicado para os cientistas explicar que tipo de clima terá permitido ao planeta vermelho produzir este tipo de rios, mas o estudo demonstra que as grandes quantidades de água que fluiu no planeta, esteve presente durante mais de mil milhões de anos, no período inicial da história de Marte.

Tal cenário implica que, no mínimo, o planeta tinha um elevado efeito de estufa que permitia reter a energia da luz solar limitada que chegava ao planeta e que acabava por derreter o gelo presente, dando origem a canais e rios.

fonte: TSF

Os robôs assassinos existem (e trazem com eles um enigma ético)


A presença da tecnologia, nomeadamente dos robôs assassinos, tem um sabor agridoce. Por um lado, a máquina assusta-nos. Por outro, somos muito mais eficazes com a ajuda da tecnologia. Mas se esperamos de um soldado humano um comportamento robótico, por que não nos livramos do humano e ficamos apenas com a máquina? É o enigma ético que se impõem.

De acordo uma declaração recente do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, os seres humanos tomarão sempre a decisão final sobre se os robôs armados podem ou não disparar. Este esclarecimento surge após ter sido conhecido o programa ATLAS, que usará Inteligência Artificial em veículos de combate.

Apesar de as pessoas se sentirem, de certa forma, desconfortáveis com o termo “robôs assassinos”, a verdade é que eles não são nenhuma novidade – robôs SWORDS com metralhadoras foram implementados no Iraque, em 2017.

Mas a nossa relação com robôs militares é até mais remota, uma vez que quando dizemos “robô” referimo-nos a qualquer tecnologia com um elemento autónomo que permita realizar uma tarefa sem a necessidade se um ser humano intervir diretamente – e este tipo de tecnologia já existe há muito tempo.

Durante a II Guerra Mundial, por exemplo, o fusível de proximidade foi desenvolvido para explodir projéteis de artilharia a uma distância predeterminada do alvo, tornando as bombas muito mais eficazes do que teriam sido.

Desta forma, a questão que se impõem não é se deveríamos usar sistemas de armas autónomos em batalha (porque já os usamos há muito tempo), mas sim concentrarmo-nos na forma como os usamos e o papel que a intervenção humana deve tomar.

Na II Guerra Mundial, o matemático Norbert Wiener lançou as bases da cibernética e, ao estudar os desvios entre o movimento previsto de uma aeronave e o seu movimento real, Wiener e seu colega Julian Bigelow criaram o conceito de “ciclo de retroalimentação”, no qual os desvios poderiam ser introduzidos no sistema a fim de corrigir outras previsões.

A teoria de Wiener foi, portanto, muito mais além, na medida em que a tecnologia cibernética poderia ser usada para antecipar decisões humanas – removendo o humano falível do circuito e tornando os sistemas de armas mais eficazes.

Segundo uma análise recentemente publicado no Phys.org, escrita pelo jornalista Myke Ryder, o próximo passo é eliminar por completo o humano e, assim, maximizar os resultados militares, ao mesmo tempo que se minimiza o custo político associado à perda de vidas aliadas.

Foram estes argumentos que levaram ao uso de drones militares pelos Estados Unidos. Apesar de ser uma decisão controversa, em termos militares, ela prova ser uma boa escolha. Mas uma das questões mais controversas relacionadas com a “guerra de drones” é o papel do piloto do drone.

Um piloto de drone, ou operador, não toma uma decisão humana. Em vez disso, limita-se a fazer o trabalho que estão destinados a fazer. Isto é, se o computador diz para matar, existe algum motivo que faça esse piloto de drone recuar?

O mesmo se aplica aos soldados modernos, que carregam um sistema de navegação GPS e vários outros dispositivos que os condicionam. Mas é aqui também que entra em jogo o enigma ético – se o objetivo do soldado é seguir as ordens da máquina, então por que existem soldados humanos?

As máquinas acabam por ser muito mais eficientes do que os seres humanos e não sofrem de fadiga nem stress, por exemplo. Se esperamos de um soldado humano um comportamento robótico, por que não nos livramos do humano e ficamos apenas com a máquina?

Segundo o Phys.org a resposta é simples: o ser humano não passa de um álibi ou uma forma de “cobertura ética” para aquilo que é, na realidade, um ato robótico quase totalmente mecânico. O papel do ser humano no novo sistema ATLAS do Departamento de Defesa norte-americano é simplesmente servir de cobertura ética no caso de as coisas correrem mal.

Na verdade, a tecnologia não é tão nova assim. Os sistemas autónomos estão há muito tempo incorporados nas forças armadas e devemos estar preparados para as consequências – quer sejam elas éticas, físicas ou morais.

fonte: ZAP

Hubble captou “em direto” o nascimento de uma tempestade gigante em Neptuno


Imagens de tempestades em Neptuno pelo Telescópio Espacial Hubble (esquerda) e pela sonda Voyager 2 (direita)

A Voyager 2 tirou fotografias de duas tempestades gigantes no hemisfério sul de Neptuno, em 1989. Cinco anos depois, as fotografias do Hubble revelaram que tanto a Grande Mancha Escura quanto a Mancha Escura 2, tinham desaparecido.

Em 1989, a sonda Voyager 2 da NASA passou por Neptuno, naquela que foi a primeira vez que uma nave visitou este mundo remoto. A sonda fotografias de duas tempestades gigantes no hemisfério sul de Neptuno. Os cientistas apelidaram as tempestades de “Grande Mancha Escura” e “Mancha Escura 2“.

Apenas cinco anos depois, em 1994, o Telescópio Espacial Hubble da NASA obteve imagens nítidas de Neptuno à distância da Terra de 4,3 mil milhões de quilómetros. Os cientistas estavam ansiosos por observar as tempestades novamente. Em vez disso, as fotografias do Hubble revelaram que tanto a Grande Mancha Escura, do tamanho da Terra, quanto a Mancha Escura 2, tinham desaparecido.

“Foi certamente uma surpresa”, recorda-se Amy Simon, cientista planetária do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, no estado norte-americano de Maryland.

“Estávamos habituados a olhar para a Grande Mancha Vermelha de Júpiter, que presumivelmente está por lá há quase dois séculos.” Os cientistas planetários imediatamente começaram a construir simulações de computador para entender o misterioso desaparecimento da Grande Mancha Escura.

Agora parte do projeto OPAL (Outer Planet Atmospheres Legacy), Simon e os seus colegas estão a começar a responder a estas perguntas. Graças às imagens captadas pelo Hubble, a equipa não só testemunhou pela primeira vez a formação de uma tempestade, como desenvolveu restrições que determinam a frequência e duração dos sistemas de tempestades.
O nascimento de uma tempestade

Em 2015, a equipa OPAL começou uma missão anual para analisar imagens de Neptuno capturadas pelo Hubble e detetou uma pequena mancha escura no hemisfério sul. Todos os anos, desde então, Simon e colegas observaram o planeta e monitorizaram a tempestade enquanto se dissipava. Em 2018, surgiu uma nova mancha escura, pairando a 23 graus de latitude norte.

“Estávamos tão ocupados a rastrear esta tempestade pequena de 2015, que não estávamos necessariamente à espera de ver outra grande tão cedo,” comenta Simon acerca da tempestade, parecida em tamanho à Grande Mancha Escura. “Foi uma surpresa agradável.”

Além disso, o nascimento da tempestade foi capturado “em direto”. Ao analisarem imagens de Neptuno, pelo Hubble, obtidas de 2015 a 2017, a os cientistas descobriram várias pequenas nuvens brancas formadas na região onde a mancha escura mais recente apareceria mais tarde. Publicaram as suas descobertas na Geophysical Research Letters.

As nuvens de alta altitude são feitas de cristais de metano gelado, que lhes conferem a sua característica aparência branca e brilhante. Pensa-se que estas nuvens companheiras pairavam acima das tempestades, mas a sua presença, anos antes de uma nova tempestade ser avistada, sugere que as manchas escuras podem ter uma origem muito mais profunda na atmosfera do que se pensava anteriormente.

“Da mesma forma que um satélite terrestre observaria a meteorologia da Terra, observamos a meteorologia em Neptuno,” diz Glenn Orton, cientista planetário no JPL da NASA em Pasadena, Califórnia, também do projeto OPAL.

Assim como os furacões são seguidos na Terra, as imagens do Hubble revelaram o caminho sinuoso da mancha escura. Ao longo de um período de quase 20 horas, a tempestade moveu-se para oeste, deslocando-se um pouco mais devagar do que os ventos de alta velocidade de Neptuno.

Mas estas tempestades neptunianas são diferentes dos ciclones que vemos na Terraou em Júpiter, assim como os padrões de vento que as impulsionam. Parecidas aos trilhos que impedem que as bolas de bowling entrem nas calhas, bandas finas de correntes ventosas em Júpiter mantêm a Grande Mancha Vermelha num caminho definido.

Em Neptuno, as correntes de vento operam em bandas muito mais amplas em redor do planeta, permitindo que tempestades como a Grande Mancha Escura vagueiem lentamente pelas latitudes. As tempestades normalmente pairam entre os jatos de ventos equatoriais oeste e as correntes que sopram para leste nas latitudes mais altas antes que os fortes ventos as separem.

São necessárias ainda mais observações. “Queremos ser capazes de estudar como os ventos estão a mudar com o tempo,” diz Simon.

Tempo médio de vida?

Simon também faz parte de uma equipa de cientistas liderados pelo estudante Andrew Hsu, da Universidade da Califórnia em Berkeley, que identificou quanto tempo estas tempestades duram e com que frequência ocorrem.

Eles suspeitam que as novas tempestades surgem em Neptuno a cada quatro a seis anos. Cada tempestade pode durar até seis anos, embora a expetativa de vida de dois anos seja mais provável, de acordo com resultados publicados na The Astronomical Journal.

Foram descobertos um total de seis sistemas de tempestades desde que os cientistas se voltaram para Neptuno. A Voyager 2 identificou duas tempestades em 1989. Desde que o Hubble foi lançado em 1990, viu mais quatro destas tempestades.

Além de analisar os dados recolhidos pelo Hubble e pela Voyager 2, a equipa realizou simulações de computador que mapearam um total de 8000 manchas escuras girando pelo planeta gelado. Quando combinadas com 256 imagens de arquivo, estas simulações revelaram que o Hubble provavelmente teria detetado aproximadamente 70% das tempestades simuladas que ocorreram ao longo de um ano e cerca de 85% a 95% das tempestades com uma vida útil de dois anos.

Ainda pairam perguntas

As condições em Neptuno ainda são em grande parte um mistério. Os cientistas planetários esperam estudar em breve as mudanças na forma do vórtice e a velocidade do ventodas tempestades.

Simon diz que as descobertas em Neptuno terão implicações para aqueles que estudam exoplanetas, na nossa Galáxia, de tamanho idêntico aos gigantes de gelo. “Se estudarmos os exoplanetas e quisermos entender como funcionam, precisamos realmente de entender primeiro os nossos planetas,” acrescenta.

Todos concordam que estes achados recentes estimulam o desejo de seguir com mais detalhe o nosso mais distante gigante planetário. “Quanto mais sabemos, mais nos apercebemos do que não sabemos,” conclui Orton.

fonte: ZAP

Ovos milenares descobertos intactos num túmulo na China


Uma equipa de arqueólogos do Instituto de Arqueologia do Museu de Nanquim, na China, encontrou um vaso repleto de ovos praticamente intactos – apenas um está partido – num túmulo com 2.500 anos na província de Jiangsu, no leste da China. 

De acordo com a agência Xinhua, que noticiou a descoberta, o mais extraordinário nesta descoberta é o estado de conservações dos ovos. De acordo com os cientistas, é extremamente difícil que as cascas permaneçam intactas durante tanto tempo.

O vaso de cerâmica foi encontrado num grande túmulo na cidade de Liyang, juntamente com a respetiva tampa. O número de ovos que estão no seu interior será determinado em breve, recorrendo à análise de raio-X para evitar causar danos na descoberta, adiantou à agência Zhou Hengming, membro da equipa de arqueólogos.

“A clara e a gema do ovo estão, em grande parte, decompostos mas, através de testes de ADN podemos identificar se os ovos foram ou não conservados”, diss Lin Liugen, diretor do Instituto de Arqueologia chinês. 
Liugen apontou ainda que os objetos funerários podem ser o espelho de determinada crenças religiosas ou, por outro lado, refletir simplesmente os hábitos da pessoa que faleceu. Neste caso em particular, explicou, o falecido podia desfrutar de comer ovos em vida, podendo ter desejado manter esse hábito após a morte.

“Os ovos trazem uma vida nova, então o vaso pode também simbolizar a continuidade da vida através de uma grande prole”, acrescentou Liugen.

Esta não é a primeira vez que ovos são encontrado em túmulos antigo na China. Em 2015, uma outra equipa de arqueólogos encontrou um ovo num túmulo também milenar (2.000 anos) na província de Guizhou. No entanto, a casca do ovo partiu assim que a equipa de especialistas passou uma escova para o limpar.

fonte: ZAP

O Alasca está com 21 graus. É recorde mas ainda pode subir


Está mais quente junto ao Ártico do que nas planícies dos Estados Unidos da América e os especialistas do clima alertam que ainda podem subir.

É considerado um valor recorde. O estado norte-americano do Alasca está com temperaturas altas, com valores inéditos a serem registados, enquanto no resto do território dos Estados Unidos da América verifica-se, neste fim de semana, uma queda nas temperaturas.

Partes do estado do Alasca, o mais setentrional dos EUA, situado no extremo norte ao lado do Canadá, registaram as primeiras leituras de 21,1º Celsius. Klawock, uma cidade no sudeste do Alasca, registou esta temperatura máxima em 19 de março, e foi o primeiro lugar no estado a atingir essa temperatura.

Espera-se que mais recordes sejam batidos neste fim de semana, com as temperaturas a subir 10º C acima do normal. Enquanto isso, cidades como Boston ainda esperam por um dia em que a temperatura supere os 21º C, mais de uma semana após o início oficial da Primavera.

Desde o início do mês, o Alasca viu 55 temperaturas máximas diárias igualadas ou superadas até 23 de março, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica. Neste sábado, Anchorage espera um máximo de 7,8º C, que será mais quente do que em muitos lugares nas planícies, o que se estende mesmo até ao sul de Oklahoma. Anchorage alcançou 8,8º C na segunda-feira, o que é valor elevado, com o recorde anterior a remontar a 1970. A cidade mais populosa do Alaska não teve neve mensurável em março pela segunda vez na história.

Fairbanks é semelhante. Até esta semana, a cidade nunca teve dias consecutivos como este em março, quando as temperaturas ficaram acima de zero. Na segunda e terça-feira de manhã, as temperaturas não caíram abaixo de 1,1° C.

De acordo com o especialista em clima Brian Brettschneider, baseado no Alasca, "a data mais próxima para baixas temperaturas de congelação acima de zero foi de 15 de abril a 16 de abril de 1978".

Kotzebue, ao norte do Círculo Polar Ártico, estabeleceu ou empatou o recorde diário todos os dias desta semana, começando na quinta-feira, com temperaturas logo acima do ponto de congelamento. A cidade também estabeleceu uma temperatura mínima recorde nove vezes este mês.

Estas temperaturas confortáveis num início da primavera podem parecer uma coisa boa para os habitantes do Alasca, mas estão longe de o ser. Os efeitos da alteração climática estão a afetar o Alasca mais rapidamente do que a maioria dos lugares, e muitos climatologistas consideram o território o ponto zero no mundo que sofre com o aquecimento global.


Cientistas alemães querem criar animais com dois códigos genéticos


Um grupo de investigadores alemães está a utilizar um novo mecanismo para criar moléculas artificiais que originem proteínas sintéticas, compostas por aminoácidos não encontrados atualmente na natureza. Esta investigação pode levar à criação de novos materiais ou a novos tratamentos para doenças.

Num futuro não muito distante, pode haver campos de plantações e rebanhos de animais que produzam proteínas diferentes de qualquer coisa encontrada na natureza, informou a New Scientist.

As proteínas são moléculas de grande dimensão que realizam tarefas-chave em todos os organismos vivos, constituídas por apenas 20 blocos de aminoácidos. Segundo o artigo, a equipa alemã pretende, agora, criar proteínas fluorescentes que possam observar em ação a nível molecular, de forma a perceber a forma como atuam.

De acordo com o estudo, divulgado esta sexta-feria na Science, pode ser possível criar plantas e animais que tenham essas “fábricas de design” em todas as células do corpo. “Não há razão para pensar que não pode ser feito num organismo mais complexo”, diz Edward Lemke, investigador da Universidade Johannes Gutenberg Mainz, na Alemanha.

As receitas para produzir proteínas são codificadas no DNA, na forma de sequências de três letras – designadas codões -, que especificam um dos aminoácidos, ou, então, quando a receita deve terminar. A célula usa o RNA para fazer cópias dessas receitas de DNA quando necessário e envia-as para fábricas de produção de proteínas.

Várias equipas já ajustaram as fábricas de produção de proteínas nas células para ler o codão mais raramente usado de uma maneira diferente e inserir um aminoácido artificial. O problema é que qualquer receita de RNA que contenha esse codões é então lida de maneira diferente, afetando indiscriminadamente muitas proteínas diferentes.


A solução encontrada pela maioria dessas equipas é reescrever os genomas para libertar codões, o que é possível porque o código genético é redundante – há mais do que um codão para cada aminoácido. Esse método foi testado em bactérias, mas seria necessário fazer pelo menos quatro mil mudanças no genoma humano para libertar apenas um codão.

“Isso está para além do nosso alcance agora. Talvez em 10 anos”, afirmou Edward Lemke.

No estudo agora divulgado, a equipa projetou células humanas para produzir dois tipos de fábricas de proteínas em vez de uma. A artificial é feita de proteínas que se aglutinam como uma gota de óleo na água, separando-as fisicamente do resto da célula.

Apenas os RNA’s com uma sequência adicional especial podem entrar nessas fábricas de proteínas projetadas, de modo que essas células podem usar dois códigos genéticos diferentes ao mesmo tempo, sem acumular proteínas normais.

Por outras palavras, as células podem produzir proteínas com vários tipos diferentes de aminoácidos artificiais, sem necessidade de reescrever o genoma para libertar codões.

“Esta descoberta está muito à frente do que as pessoas acreditavam que poderia ser feito”, indicou o investigador, confiante de que essas fábricas de proteínas podem ser adicionadas a plantas ou animais. A equipa planeia agora experimentar este método a partir da mosca da fruta Drosophila.

Edward Lemke acredita que uma abordagem similar poderia ser usada para adicionar todos os tipos de outras organelos – as partes com um trabalho especializado – às células. “Agora, temos a confiança de que poderemos criar organelos para outros tipos de funções”, garantiu. “O nosso objetivo final é o controle completo sobre a célula“.

fonte: ZAP

A mulher que não sente dor


Condição é causada por uma mutação genética rara.

Jo Cameron não sente dor. Muitas vezes queima-se no forno, mas não sente qualquer dor que a avisa que a pele está a queimar. A mulher escocesa só percebe quando começa a sentir o cheiro de carne chamuscada.

A condição da mulher de 71 anos é causada por uma mutação genética rara, confirmada apenas numa outra pessoa em todo o mundo. Ela não sente dor, não fica ansiosa ou com medo, e sente-se sempre feliz.

Segundo a BBC, só aos 65 anos é que Jo Cameron descobriu que era diferente. Após uma cirurgia à mão, os médicos avisaram-na que deveria esperar dores. Quando não sentiu nada, o caso foi enviado para uma equipa especialista das Universidades College de Londres e Oxford.

NUNCA PERGUNTOU PORQUÊ

Os exames encontraram uma mutação genética que a impedia de sentir dor como todas as outras pessoas. Assim que foi diagnosticada, Jo Cameron percebeu que não era apenas "incrivelmente saudável", como acreditou até aos 65 anos.

"Ao olhar para trás, percebi que nunca precisei de analgésicos. Mas se não precisas deles, também não te questionas do porquê", disse a mulher à emissora britânica.

"És o que és, até alguém apontar um defeito, não questionas. Eu era apenas uma pessoa feliz que não via nada de diferente em mim."

Mesmo durante o parto, a mulher não sentiu dores. Lembra-se agora que foi estranho: "Até foi agradável".

"A DOR EXISTE POR ALGUM MOTIVO"

Jo Cameron não mudaria nada, mas mesmo assim reconhece que a dor é algo importante.

"A dor existe por algum motivo, avisa-te do perigo."

A mulher explicou que só percebeu que tinha problemas nas ancas até ter de ser operada. As artrites impediam-na fisicamente de andar.

Os médicos acreditam também que a mulher se cura mais rápido do que o normal. Esta combinação de genes faz ainda com que se esqueça das coisas e que se sinta menos ansiosa.

"É chamado o gene da felicidade ou do esquecimento. Tenho chateado as pessoas à minha volta por estar sempre feliz e por me esquecer das coisas. Agora tenho uma desculpa."

fonte: SIC Noticias

sábado, 30 de março de 2019

A super tecnologia de Hitler com oito décadas travada ‘in extremis’


Como é que os nazis, com uma força muito mais pequena do que os Aliados, conseguiram ocupar tantos países e quase ganhar a II Grande Guerra? Com super tecnologia inovadora que mais ninguém usava. Em 2019 cumprem-se os 80 anos do início da guerra mais mortífera da história humana.

O tema não é novo, na verdade, tem quase oito décadas, mas nunca é demais lembrar como o poderio tecnológico de um país, mesmo com números de tropas muito inferiores aos adversários, pode fazer estragos sem precedentes. A II Grande Guerra Mundial começou há quase 80 anos, 1 de setembro de 1939. Durou seis anos e um dia e opôs os Aliados contra a Alemanha nazi liderada por Adolf Hitler e, os seus parceiros, do Eixo.

Um estado de guerra total emergiu, envolvendo mais de 100 milhões de pessoas de mais de 30 países, atirando toda a capacidade económica, industrial e científica para o esforço de guerra, que envolvei forças militares e civis. A luta épica tornou-se no confllito mais mortífero da história humana, com 50 a 85 milhões de mortes, a maioria civis nas zonas da União Soviética e da China – onde se inclui o genocídio do Holocausto, morte por fome e doença e bombardeamentos estratégicos.

A guerra tornou-se tão global, longa e mortífera muito graças ao facto da Alemanha naxi ter conseguido tornar-se numa potência tecnológica, graças ao grande número de projetos militares inovadores que conseguiu criar em apenas dez anos, durante os anos 1930. Esse é precisamente o objeto de uma reportagem publicada esta semana pelo jornal espanhol ABC. A reportagem faz lembrar a série de Ridley Scott, The Man in the High Castle, que imagina um mundo onde a Alemanha ganhou a II Guerra Mundial – feita para a Amazon, a série distópica de 2015 tem três temporadas e ganhou um Emmy.

Numa altura de desenvolvimentos tecnológicos sem precedentes, na chamada era digital e da internet, onde a conetividade entre todas as máquinas e o acesso a dados pessoais promete mudar a realidade em que vivemos, o passado lembra-nos como a tecnologia evoluída nas mãos erradas pode ter consequências inimagináveis. A já confirmada interferência e manipulação russa nas eleições norte-americanas (e no Brexit) através da internet (e das redes sociais), bem como as acusações recentes à possível espionagem chinesa através de equipamentos, ou à espionagem americana aos cidadãos dos EUA e de outros países pelos serviços secretos (NSA), denunciada por Edward Snowden, mostram a força das novas tecnologias.

Neste contexto, partimos então para a forma como a Alemanha nazi se distinguiu através da tecnologia (alguma da qual é precursora da tecnologia que usamos hoje em dia) para fazer guerra.

O campo onde os nazis mais se destacaram foi na aeronáutica. Desde a construção daquela que é considerada a primeira nave espacial na história, até a um dos design pioneiros para aviões invisíveis aos radares, Adolf Hitler contou com a inovação da aviação alemã – quase meio século avançada no seu tempo.

Os nazis deram passos gigantescos na tecnologia da aviação, conseguindo fabricar desde o primeiro avião a jato até aos gigantescos bombardeiros que podiam viajar milhares de quilómetros sem reabastecer.

O ABC cita o escritor espanhol José Lesta, que no seu livro “El Enigma Nazi” indica que a evolução foi tão abismal que, se os projetos tecnológicos alemães tivessem sido concluídos “apenas alguns meses antes, os alemães tinham ganho uma vantagem abismal na guerra no ar”. “O poder destrutivo e as técnicas utilizadas eram tão avançadas que até o último momento Hitler ainda esperava dar um golpe-surpresa aos aliados”, garante o especialista em tecnologia alemã.


Silbervogel

Primeira nave foi alemã

É neste contexto que o escritor especializado na II Guerra Mundial defende no seu livro focado no poder tecnológico alemão, que entre as armas nazis, a mais bizarra foi criada em resposta à obsessão do Führer para bombardear os EUA, algo quase impossível na época, porque na década de 1040, não existiam aviões com autonomia suficiente para cobrir os 6.000 quilómetros que separam a Alemanha da América do Norte. Para atingir seu objetivo, a Luftwaffe (força aérea nazista) encomendou a construção de uma das primeiras naves espaciais da história ao cientista Eugene Sänger, a Silbervogel ou pássaro de prata.

Lesta garante no livro: “foi sem dúvida que foi o projeto secreto mais futurista do seu tempo”. O modelo chamava-se bombardeiro suborbital Sänger-Bredt (Irene Bredt era a mulher de Eugene Sänger e participou no seu desenvolvimento) e seria uma espécie de foguetão tripulado e armado que subiria para a atmosfera (atingindo três vezes a velocidade do som), até chegar aos EUA. Já em território norte-americano, deixaria cair a carga de explosivos em Washington. “Finalmente, depois de deixar a sua carga mortal de bombas, regressaria do mesmo modo à base, circulando a 500 km/h e teria um pára-quedas traseiro para facilitar as manobras, depois de atravessar metade do planeta”. Lesta indica que o veículo poderia ser reutilizado após de algumas horas de descanso, numa missão de 27 horas.

A ideia inicial seria carregar a nave com uma bomba com 5 toneladas de urânio radioativo em pó (cerca de um décimo foi libertado no acidente da central nuclear de Chernobyl). “Uma vez detonada em Nova Iorque, uma nuvem radioativa cairia sobre a cidade, o que seria fatal para a maioria de seus habitantes”, diz Lesta. Para fazer funcionar este veículo, seria necessário colocá-lo numa plataforma ferroviária quase horizontal com vários quilómetros de comprimento, bem diferente da descolagem dos aviões atuais.

O especialista admite, no entanto, que foi a chegada do fim da guerra e de algumas vitórias estratégicas dos Aliados, que impediram que o projeto fosse finalizado a tempo. Apesar disso, o inventor da chamada nave espacial nazi conseguiu escapar os Aliados. “Eugene Sänger conseguiu fugir para a Austrália sem ser apanhado e, como é óbvio, durante a Guerra Fria o seu projeto foi um dos mais cobiçados por ambas as superpotências mundiais. Stalin tentou roubá-lo nos anos 1950 e 60 para construir um navio semelhante que o ajudaria a bombardear os americanos “, explica o escritor.

Aparentemente, e de acordo com Lesta, as pesquisas deste cientista foram finalmente usadas pela NASA, a agência espacial dos EUA. “Do seu trabalho vieram as ideias que levariam a NASA a construir o foguetão espacial”, acrescenta o especialista.


Messerschmitt Me 262

Outro grande projeto da Alemanha nazi foi o avião “Messerschmitt Me 262″, o primeiro avião-caça a jato operacional do mundo. Este avião trouxe uma mudança radical na forma como eram feitos e pensados os combates aéreos. Durante os anos 1940, o principal sistema de propulsão utilizado nos aviões era a hélice, este novo motor a jato dava maior velocidade aos aviões que, podiam adquirir maior altura e não precisavam de reabastecer com tanta frequência como acontecia com os aviões dos Aliados.

Bombardeiro invisível aos radares

Um dos últimos projetos aéreos revolucionários dos nazis foi desenvolvido por Reimar e Walter Horten, dois irmãos que criaram a primeira aeronave da história com forma de asa delta (formato triangular das asas), fazendo uso de um desenho que é o utilizado na maioria dos caças e bombardeiros militares atuais.

Os Horten criaram este tipo de avião porque, após vários testes, descobriram que oferecia menos resistência ao vento do que os outros aviões. Desta forma, conseguiu-se uma série de vantagens em voo, como a capacidade de percorrer uma maior distância sem a necessidade de reabastecimento ou a possibilidade de viajar a uma velocidade muito superior ao que era norma na altura.


Ilustração do que seria o Ho 18

Hitler exigiu a Horten que realizasse o seu antigo sonho, de bombardear os Estados Unidos com um avião partindo da Alemanha. “Apenas o bombardeiro na forma de “asa delta” (o Ho 18) proposto pelos Irmãos Horten era suficientemente avançado para atender às exigências de uma jornada tão longa”, diz Lesta. A inovação do projeto não era apenas no design, mas foi também o primeiro avião invisível aos radares americanos. “A superfície do bombardeiro teria uma camada de cola especial baseada em carbono, que seria indetectável para os radares americanos da época. O Horten construiu a primeira aeronave invisível aos radares quase meio século antes dos americanos”.

O projeto foi interrompido pelas forças aliadas. “Os americanos chegaram às fábricas e à oficina do Horten e transportaram o caça a jato para os EUA, onde seria estudado pela empresa aeronáutica Northrop”, explica Lesta.

fonte: DN Insider

sexta-feira, 29 de março de 2019

Lembra-se do Armando? Esta é a explicação para os pombos de competição serem tão caros



O Armando foi apelidado de "melhor pombo de longa distância belga de todos os tempos", pela casa de leilões responsável pela sua venda 

O pombo foi vendido por 1,25 milhões de euros, no passado dia 17.

Armando é um pombo de cinco anos e aparência igual a qualquer pombo. Mas existe algo que o destaca dos pombos ditos "normais". É um pombo de corrida e um campeão mundial na sua modalidade, que ganhou o equivalente a medalhas de ouro nacionais, europeias e olímpicas, em corridas de pombos.

Quando o animal foi colocado à venda, propostas de vários sítios no mundo chegaram ao seu dono belga. Quem acabou por levar Armando para casa foi um chinês que pagou 1,25 milhões de euros pela ave, uma venda que estabeleceu um novo recorde de leilões online. A casa de leilões Pipa apelidou o animal de "melhor pombo de longa distância belga de todos os tempos", citando a BBC.

O preço do pombo foi impulsionado por dois homens concorrentes nas corridas que lutavam para ficar com Armando. Desde que o desporto voltou a ser permitido - durante a Revolução Cultural, a corrida era proibida por estar associada ao capitalismo -, tornou-se um desporto de elite tendo ganhado milhares de adeptos nos últimos anos.

A somar-se a este interesse apareceu surgiu uma infraestrutura que torna apelativo os gastos nos animais de raça. O Pioneer International Club, em Pequim, é palco de várias corridas em que os vencedores levam para casa milhões de euros. As corridas conhecidas como Águia de Ferro levam os pombos a percorrem cerca de 500 km, de acordo com o The Economist.

Os prémios avultados levam a que os concorrentes invistam nos seus 'atletas'. Daí que a China se tenha tornado no grande mercado para os pombos. Todas as aquisições de aves de elite, como Bolt - 310 000 euros -, Nadine - 400 000 euros - e New Bliksem - 376 000 euros -, foram feitas por chineses.


Chega para lá! Scotty é o novo rei dos tiranossauros


Uma exposição dedicada aos T-Rex, em Nova Iorque

Estudo de fóssil de tiranossauro encontrado em 1991 revela que "Scotty" não só é o maior exemplar já conhecido da espécie, com quase 13 metros, como o que viveu mais tempo: terá morrido com cerca de 30 anos.

Se os tiranossauros rex, como revela o nome, são realeza entre os dinossauros, Scotty é claramente o soberano absoluto da sua espécie. Pelo menos até que os cientistas encontrem um exemplar que rivalize com este gigante de 12,80 metros de altura, que viveu há 66 milhões de anos na atual província de Saskatchewan, no Canadá.

Descoberto em 1991, o fóssil foi imediatamente considerado um tiranossauro de grandes dimensões, estimando-se que pudesse pesar cerca de 9,7 toneladas. Mas os seus ossos estavam presos em rocha de arenito e só após um longo e meticuloso processo de separação foi possível fazer um estudo detalhado do esqueleto.

Esse estudo, cujas conclusões foram publicadas na semana passada, veio comprovar não apenas as dimensões excecionais de Scotty mas também a sua idade particularmente avançada para um grande predador do período cretáceo: terá chegado aos 30 anos.

Uma longevidade que, como também testemunham as marcas deixadas nos seus ossos (foi recuperado cerca de 65% do esqueleto), só foi possível graças à vitória em diversos confrontos com outros grandes predadores. Incluindo da sua espécie.

Scotty tem marcas de ferimentos curados na cauda compatíveis com uma dentada de outro T. Rex e várias outras mazelas relacionadas com confrontos físicos, nomeadamente fraturas nas costelas.


O esqueleto mostrava várias marcas de ferimentos

Terá sido de facto rei do ecossistema que habitava. Mas foi um rei cujo domínio foi contestado muitas vezes. E só prevalecendo nestas batalhas terá chegado às excecionais dimensões que tinha quando morreu.

"Existe uma considerável diversidade de tamanhos entre os tiranossauros", explicou Scott Persons, autor do estudo, numa declaração citada pela CNN. "O Scotty exemplifica o robusto. Pegando nas medidas das suas pernas, quadris, até do ombro, e ele revela-se um pouco mais volumoso do que outros exemplares de T. Rex"

Para quem tiver oportunidade de visitar o Canadá no futuro próximo, o impressionante esqueleto de Scotty estará em exibição no Royal Saskatchewan Museum, na cidade de Regina, a partir do mês de maio.


Cientistas criaram um “Cérebro Sintético” que armazena memórias em prata


Engenheiros da área da Química, da Universidade da Califórnia, podem ter encontrado algo revolucionário. 

Surpreendentemente descobriram como desenvolver circuitos de auto montagem que se assemelham à estrutura e atividade elétrica de um cérebro. Assim, os investigadores conseguiram obter evidências científicas de que os cachos de nanofios de crescimento sintético exibem comportamentos semelhantes aos da memória num cérebro vivo.

Será que é possível criar um “cérebro sintético”?

Engenharia química pode estar perto de conseguir o cérebro sintético

Cientistas da UCLA agarraram num conceito completamente diferente no que toca à construção de um cérebro humano artificial.

Ou seja, por um lado a ideia de construir um computador quântico para “agir como um cérebro” ainda está longe. No entanto, uma equipa de engenheiros químicos descobriu como desenvolver circuitos que se organizam sozinhos. Desta forma, a descoberta assemelham-se, em termos de estrutura e atividade elétrica, a partes de um cérebro.


A ideia de “fabricar” um cérebro sintético remonta a 2012

A investigação é o projeto favorito do engenheiro químico da UCLA, James Gimzewski, que proclamou que queria criar um cérebro sintético em 2012.

Entretanto, o cientista e os seus colegas descobriram que uma grade de colunas de cobre bem compactadas, quando tratadas com nitrato de prata, produzia nanofios em direções aparentemente aleatórias que se pareciam com os neurónios de interligação ramificados e concentrados num cérebro.

Na escala atómica, as ligações entre os nanofios de prata assemelham-se a sinapses. Estas são as junções nas quais dois neurónios se encontram e transmitem sinais entre si. Contudo, o modo como os nanofios se arranjam reflete o tipo de estruturas que surgiriam durante uma ressonância magnética de um cérebro enquanto este armazena memórias.


Posteriormente, quando esta rede de fios foi atingida por um sinal elétrico, os nanofios organizaram as suas “informações” como um cérebro faria – tudo por conta própria.

De certo modo, quando todas as partes são combinadas, todo o circuito ganha vida, no sentido de que cada parte interage com todas as outras partes. E existem caminhos nos quais podemos estabelecer ligações neuromórficas mais fortes.

Refeiu Gimzewski à ZDNet.

No passado era o entusiasmo e atualmente é a cautela

Na verdade, a atitude de Gimzewski mudou. Se no passado incentivava e proclamava a vontade de criar um cérebro sintético, hoje esse ímpeto tem mais cautelas.

Quero criar uma máquina que pense, uma máquina que possua inteligência física. Tal sistema não existe e promete causar uma revolução que poderíamos chamar de revolução pós-humana.

Escreveu o cientista em 2012.

É perigoso correlacionar diretamente e dizer ‘Isso é um cérebro! [O sistema] está a mostrar características elétricas que são muito semelhantes a uma ressonância magnética funcional do cérebro, semelhante às características elétricas das culturas neuronais e também aos padrões de EEG.

Concluiu o cientista.

Inegavelmente, novas tecnologias e novas abordagens podem mostrar caminhos mais simples para estruturas tão complexas como o cérebro.

fonte: Pplware

Mãe dá à luz par de gémeos um mês depois do nascimento do primeiro bebé

Resultado de imagem para Arifa Sultana

A mulher de 20 anos tem a condição rara de ter dois úteros.

Uma mulher do Bangladesh deu à luz um par de gémeos 26 dias depois de ter dado à luz um rapaz prematuro.

Arifa Sultana, de 20 anos, já estava em casa com o seu bebé de 26 dias quando sentiu fortes dores na barriga e regressou ao hospital. De onde saiu com mais dois bebés.

Os médicos descobriram que ela tinha um segundo útero.

"Quando a paciente veio fizémos uma ecografia e descobrimos os dois gémeos", contou à BBC a médica Sheila Poddar que fez a cesariana no hospital Khulna Medical College em Jessore

"Ficámos em choque e surprendidos. Nunca tinha visto tal coisa", confessou a ginecologista.

Sultana e o marido são "muito pobres" e "nunca tinham feito uma ecografia", explicou a médica. "Por isso ela não tinha ideia nenhuma de que tinha mais dois bebés". "Fizémos uma cesariana e ela teve gémeos, um rapaz e uma rapariga".

"Os bebés e a mãe são todos saudáveis. Estou muito, muito feliz que tenha corrido tudo bem", congratulou-se a médica.

DOIS ÚTEROS, POUCO PROVÁVEL MAS POSSÍVEL

Em raras ocasiões, podem desenvolver-se dois úteros no feto feminino. Normalmente, acabam por se fundir num só. Muito raramente permanecem dois úteros saudáveis e funcionais.

Neste caso, além dos dois úteros, a mulher ovulou três óvulos que foram depois fertilizados ao mesmo tempo, resultando três embriões.

FAMÍLIA FELIZ, MAS PREOCUPADA COM O FUTURO

Sultana e o marido são pobres. Estão felizes com as três crianças saudáveis, mas preocupados com o futuro.

"Não sei como vamos lidar com esta grande responsabilidade", lamentou Sultana em declarações ao The Telegraph.

Mas o marido, Sumon Biswas, garante que tudo vai correr bem. "Foi um milagre de Alá que todas os meus filhos tenham nascido saudáveis. Vou fazer tudo o que posso para os fazer felizes".

As crianças chamam-se Ifad Islam Noor, Mohammad Huzaifa e Jannatul Mawa Khadija.

fonte: Sic Noticias