sábado, 2 de março de 2019

O estranho e misterioso peixe que deu à costa numa praia da Califórnia


Um peixe enorme, com cerca de dois metros e meio, e com uma aparência fora do comum, quase alienígena, captou a atenção dos especialistas, que descobriram algo surpreendente

Nunca semelhante peixe tinha sido visto numa praia da América do Norte: um peixe enorme, com cerca de dois metros e meio, e com uma aparência fora do comum, quase alienígena, deu à costa na Califórnia. Intrigados, os especialistas investigaram e descobriram algo surpreendente: o animal pertence a uma espécie que só há pouco tempo foi descoberta na Austrália e na Nova Zelândia.

Foi na semana passada que este peixe apareceu na reserva Coal Oil Point, em Santa Barbara, na Califórnia. Já estava morto, mas a sua aparência tão estranha depressa captou a atenção dos especialistas, que, inicialmente, até acharam que se tratava de uma espécie mais comum de peixe-lua.

A reserva partilhou imagens do animal no Facebook e não foi preciso muito tempo para que percebessem que, afinal, estavam perante algo mais raro e extraordinário.

Depois de ter visto as fotografias, o biólogo Thomas Turner correu para a praia para captar novas imagens que publicou no site iNaturalist, um site através do qual os utilizadores partilham as suas observações de animais e de plantas.

Ora, foi através destas publicações no iNaturalist que as imagens chegaram ao cientista marinho e curador no Museu do Sul da Austrália Ralph Foster. Este perito foi o primeiro a identificar o animal como uma espécie de peixe-lua que só foi descoberta há dois anos e que foi batizada de Mola tecta.

De imediato, Foster alertou Marianne Nyegaard, a cientista marinha da Nova Zelândia que descobriu esta espécie em 2017.

Quando vi as imagens deste peixe não tive dúvidas de que era um mola tecta. Não podia acreditar. Quase caí da cadeira”, vincou Nyegaard, em declarações à CNN.

Nyegaard passou anos a estudar estes animais antes de batizar esta nova espécie. Todos os casos foram descobertos na Austrália, na Nova Zelândia, na África do Sul e no Chile – à exceção de um na Holanda, em 1890, que está registado em desenhos e documentos da altura.

Estes peixes gostam de águas temperadas e por isso é que é tão surpreendente aparecerem na California.

“É por isso que é tão intrigante que tenha ido parar à Califórnia. Sabemos que aqui [Nova Zelândia, Austráli] há uma distribuição temperada bem como no Chile, mas como é que ele cruzou o equador e foi parar aí? O que terá levado este peixe a cruzar o equador?”, questionou a especialista.



O certo é que ninguém sabe como é que o peixe apareceu na Califórnia. Se viajou milhares de quilómetros até ao outro lado do mundo ou se faz parte de uma comunidade de peixes da América do Norte ainda por descobrir.

Nyegaard explicou que agora vai comparar as amostras genéticas do animal com as que foram recolhidas na sua região, esperando que este mistério possa ser resolvido.

fonte: TVI 24

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