quarta-feira, 13 de março de 2019

Uma nova espécie de dinossauro foi descoberta no sul da Austrália


Os cientistas identificaram o Galleonosaurus dorisae a partir de cinco maxilares fossilizados descobertos entre rochas com 125 milhões de anos.

Era pequeno - aproximadamente do tamanho de um canguru - e era herbívoro. Seria um bom corredor, porque teria "poderosas pernas traseiras" e pertence à família dos Ornitópodes. Galleonosaurus dorisae é o nome da recém descoberta espécie de dinossauro em Gippsland, uma região no sul da Austrália, apresentada num estudo publicado pelo Jornal of Paleontology, esta segunda-feira.

Foi através de cinco maxilares fossilizados encontrados entre rochas do período Cretáceo, com 125 milhões de anos, que os cientistas identificaram a nova espécie com o auxilio de técnicas de digitalização e de impressão de microtomografia 3D. Segundo o principal autor do estudo, Matthew Herne da Universidade de Nova Inglaterra, esta é a primeira vez que foi possível detetar a que período pertence um dinossauro australiano a partir do seu maxilar.


O nome Galleonosaurus dorisae vem da forma do maxilar superior, que fará lembrar o casco de um veleiro que tem o nome de Galeão.


Este é o quinto ornitópode descoberto no vale do Rift (uma floresta com cerca de 4000 km que no período Jurássico se estendia da Austrália à Antártida) e o segundo na região de Gippsland. O primeiro foi o Qantassaurus interpidus, em 1999. "Parece-nos que estes dois dinossauros de tamanhos semelhantes eram ambos herbívoros, ainda que se alimentassem de diferentes géneros de plantas, o que fazia com que fosse possível coexistirem", indicou o professor Matthew Herne, citado pela ABC.

A investigação concluiu ainda que existe uma ligação próxima entre os ornitópodes do sul da Austrália e os da Patagónia. "Cada vez mais consolidamos a ideia de intercâmbio entre dinossauros terrestres num supercontinente chamdo Gonduana que unia a Austrália, a América do Sul e a Antártica, durante o período Cretáceo", disse o responsável pelo estudo à CNN.


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