quinta-feira, 7 de março de 2019

O que sonhamos antes de morrer é diferente e “mais real” do que os outros sonhos


A morte é um dos maiores mistérios da vida. Mas os sonhos dos pacientes de uma Casa de Repouso em Nova York estão a revelar coisas incríveis sobre este processo.

Especialistas documentaram, ao longo de dez anos, os sonhos mais frequentes que os pacientes tiveram antes de morrer. O estudo, segundo uma reportagem da CBS, mostra que os sonhos são reconfortantes e fazem com que a morte seja menos aterradora.

Durante uma década, Christopher Kerr e a sua equipa documentaram 14 mil casos entre os pacientes. De acordo com os especialistas, 80% dos casos são sonhos e visões antes da morte. “O que é claro é que afirmam universalmente que os sonhos são mais reais e diferentes do qualquer outros sonho”, explicou Kerr.

Além disso, os especialistas observaram que, antes de morrer, as pessoas costumam ter sonhos vívidos que, com frequência, têm a ver com entes queridos já falecidos. Outro tema recorrente é a preparação para uma viagem, como por exemplo fazer as malas.

Um homem, chamado Horace, disse que, nos seus sonhos, a sua esposa “apareceu de repente”. Já uma mulher, Jeanne, descreveu o quão intensos os sonhos eram: “Lembro-me de ver todas as partes da cara deles. Eu sei que era a minha mãe, o meu pai, o meu tio e o meu cunhado. Senti-me bem”.

Uma paciente chamada Maggie sonhou com a sua irmã, que faleceu antes dela. “Eu disse: Beth, tens de ficar comigo. Estou sozinha, fica comigo. Ela disse: Não posso. Agora não.” Mas a irmã deixou-lhe uma mensagem: “Em breve voltaremos a estar juntas”.

Outros sonhos permitem que os pacientes abordem problemas não resolvidos, como, por exemplo, a entrega de uma mensagem. As crianças, muitas vezes, dizem que sonham com os seus animais de estimação falecidos antes de morrer.

Kerr, inicialmente, era cético. “Todos, exceto eu, eram capazes de prognosticar a morte em parte com base no que as pessoas estavam a ver ou a experimentar”, disse. Os médicos não são treinados para lidar com estes sonhos, mas ele começou a estudá-los e percebeu que são terapêuticos. “Em vez de ter medo da morte, quase transcende o medo da morte para algo maior”.

Os investigadores não fornecem nenhuma explicação para o fenómeno e assinalam que o objetivo é, simplesmente, registar os sonhos.

fonte: ZAP

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